Pelo fim das 'oligarquias', Scala quer limitar mandatos à frente da Fifa - Gazeta Esportiva
Pelo fim das 'oligarquias', Scala quer limitar mandatos à frente da Fifa

Pelo fim das 'oligarquias', Scala quer limitar mandatos à frente da Fifa

Gazeta Esportiva

Por Redação

10/09/2015 às 13:19

São Paulo, SP

Domenico Scala aposta em estratégia do tipo "ficha-limpa" para acabar com corrupção (Foto: Divulgação)
Domenico Scala aposta em estratégia do tipo "ficha-limpa" para acabar com corrupção (Foto: Divulgação)


Em reunião nesta quinta-feira, o italiano naturalizado suíço Domenico Scala, um dos responsáveis por conduzir o processo de reforma na entidade, comunicou oito medidas, que ainda passarão pelo crivo do Comitê Executivo, para melhorar o funcionamento da Fifa. A principal delas, que vai contra a manutenção do poder em mãos únicas, limita para três a quantidade de reeleições possíveis na presidência.

Chefe de uma espécie de ‘força-tarefa’ criada a partir da deflagração do esquema de corrupção na maior entidade do futebol mundial, Scala admite que a maior parte dos problemas pelos quais a Fifa passou tem origem nas oligarquias que consolidam-se no poder há tempos. Joseph Blatter, por exemplo, abriu mão de exercer o quinto mandato após ficar como presidente durante 17 anos. O vice do Comitê Executivo, Issa Hayatou, exerce a função há 25 anos.

“Um certo número de problemas têm sua raiz no fato de que as pessoas ficaram muito tempo no poder. Precisamos de reformas agora, não podemos esperar. A Fifa funciona muito bem operacionalmente, mas este é um divisor de águas em termos de papel e percepção daqui para frente. Não é só pela mudança na presidência e sim por alguns problemas sistêmicos que precisam ser resolvidos”, declarou.

Além da limitação de mandatos e da publicação dos salários, outra medida que chama a atenção na ata de propostas apresentada nesta quinta é uma espécie de operação ‘ficha-limpa’ para determinar os participantes dos comitês da entidade. Haverá uma avaliação e investigação prévia para evitar que pessoas com problemas na Justiça filiem-se à Fifa.

As medidas apresentadas nesta quinta ainda precisarão passar pela avaliação do Comitê Executivo para serem votadas na eleição presidencial pelas 209 federações filiadas à principal entidade do futebol mundial. Uma decisão mais assertiva com relação aos princípios da reforma deverá acontecer apenas em 26 de fevereiro de 2016, quando o novo presidente da Fifa será conhecido.

Abaixo as oito propostas apresentadas por Scala:

1) Controle de integridade de membros e cargos
2) Introdução do limite de mandato
3) Eleições diretas dos membros do Comitê Executivo da Fifa pelo Congresso
4) Divulgação de compensações individuais
5) Aumento da eficiência e reforço da independência das comissões permanentes
6) Introdução de padrões mais elevados de governança nas Confederações e membros associados
7) Revisão de regras e procedimentos licitatórios da Copa do Mundo
8) Melhorias na organização e estrutura da Fifa

 

 

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