Estudo aponta região Sudeste como reflexo do desperdício de potencial do futebol brasileiro - Gazeta Esportiva
Estudo aponta região Sudeste como reflexo do desperdício de potencial do futebol brasileiro

Estudo aponta região Sudeste como reflexo do desperdício de potencial do futebol brasileiro

Gazeta Esportiva

Por Redação

26/05/2020 às 18:04

São Paulo, SP

Apesar de ser uma das regiões com mais times tradicionais do país, o Sudeste reflete o desperdício de potencial do futebol brasileiro (Foto: Divulgação/João Guilherme)


Apesar de contar com três dos estados mais ricos do Brasil e concentrar boa parte das equipes de futebol mais tradicionais do país, a região Sudeste reflete o potencial pouco explorado do futebol brasileiro. É o que aponta um estudo da Pluri Consultoria, empresa focada em consultoria de gestão, finanças e marketing esportivo.

Segundo a análise, São Paulo foi o estado com maior número de equipes profissionais em 2019, com 89 no total, mas também foi aquele com maior potencial desperdiçado. Cerca de 40 cidades com mais de 100 mil habitantes não contaram com clubes disputando competições no ano passado. Paulínia, município paulista com R$ 35,3 bilhões de PIB, foi a cidade mais rica da região Sudeste a não contar com um time profissional na última temporada.

Mesmo assim, São Paulo ainda possui número melhores do que outras unidades de federação do Brasil. Afinal, o estado liderou o ranking de utilização do calendário do futebol brasileiro em 2019, com 53,1%. Em abril e junho do ano passado, 84% das equipes paulistas estiveram em atividade. Em contrapartida, apenas 18% delas disputaram algum campeonato em novembro.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)


O Rio de Janeiro foi a segunda unidade de federação com mais clubes profissionais em 2019. As 66 equipes estavam espalhadas por 31 cidades, o que colocou o Rio de Janeiro em 2º lugar na lista de estados com mais municípios com futebol profissional, perdendo somente para São Paulo, com 66 cidades.

Apesar de contar com quatro equipes na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o Rio de Janeiro foi apenas o 8º estado na utilização do calendário em 2019, com média de 38,7%. Em abril do ano passado, apenas 8% das equipes fluminenses disputaram algum tipo de competição profissional.

A cidade de Rio de Janeiro, no entanto, foi o município com mais clubes profissionais de todo o Brasil em 2019. No total, 23 times da capital carioca estiveram em atividade na última temporada.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)


Já Minas Gerais, estado com mais cidades do Brasil, foi o 4º em número de clubes de futebol em atividade em 2019, com 40, e também o 4º em número de municípios que contaram com algum desses times, 29 (cerca de 3,4% do estado). A unidade de federação foi apenas a 15ª na utilização do calendário, com média de 27,6%. Durante julho, agosto e novembro, apenas 15% das equipes mineiras entraram em campo.

Uberlândia e Belo Horizonte foram os municípios que contaram com mais clubes profissionais no estado, com 3 cada um. Já Montes Claros, com 409.341 habitantes e 9 bilhões de reais de PIB, foi o município mais populoso da região sudeste e o mais rico de Minas Gerais a não contar com um clube profissional em atividade em 2019.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)


A situação é ainda mais dramática no Espírito Santo. O estado foi o 15º em número de equipes profissionais em atividade no ano passado, com 17 no total, e, apesar de terminar na quarta colocação no ranking de utilização do calendário útil do futebol, com 46,5%, a unidade de federação contou com apenas duas equipes disputando alguma divisão do Campeonato Brasileiro em 2019.

Enquanto 59% das equipes do Espírito Santo estiveram em atividade em fevereiro, março, agosto, setembro e outubro, apenas 6% delas disputaram algum tipo de competição profissional em julho. Colatina foi o município com mais clubes no estado, com três, seguido por Vila Velha e Vitória, cada um com dois.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)


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