Eleição da Fifa terá segundo turno acirrado entre Infantino e al-Khalifa
Por Redação
26/02/2016 às 12:16 • Atualizado: 27/02/2016 às 12:09
São Paulo, SP
A eleição que definirá o novo presidente da Fifa terá um segundo turno. Os 207 votos computados nessa sexta-feira no Congresso Extraordinário da entidade, na capital suíça de Zurique, deram ao ex-secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, uma pequena vantagem na primeira etapa do pleito. Ele foi escolhido por 88 dirigentes de federações internacionais, enquanto o presidente da Confederação Asiática de Futebol, xeque Salman bin Ebrahim al-Khalifa, recebeu 85 votos. Eram necessários 135 votos para a eleição direta de um candidato.
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O príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein recebeu o apoio de 27 dirigentes. Já o francês Jérôme Champagne ficou em último lugar, com apenas sete votos. Ambos disputarão o segundo turno do pleito. O empresário sul-africano Tokyo Sexwale havia feito um discurso para retirar a sua campanha minutos antes de a eleição ter início.
Negociações nos bastidores deverão decidir o novo presidente da Fifa. Um candidato precisará reunir 104 votos no segundo turno para ser confirmado como sucessor de Joseph Blatter, que presidiu a entidade por 18 anos. Fontes disseram à imprensa internacional que Blatter está assistindo às eleições em sua casa, em Zurique. Apesar de ter sido banido por seis anos pelo Comitê de Ética, o ex-dirigente enviará um comunicado parabenizando o vencedor da disputa.
A transmissão oficial das eleições focou as expressões dos quatro candidatos quando o presidente interino da Fifa, Issa Hayatou, anunciou os resultados. Al-Khalifa, apontado como franco favorito ao cargo, demonstrou um misto de surpresa e decepção com a quantidade de votos recebida. Já Infantino sorriu ao ver seu nome à frente do principal concorrente no pleito.
Segundo o canal SporTV, a CBF atendeu às recomendações da Conmebol e votou em Infantino no primeiro turno. Havia a possibilidade de o presidente em exercício da entidade, coronel Antonio Carlos Nunes, optar por al-Khalifa, mas informações de bastidores indicam que ele assinalou o nome do suíço-italiano na cédula de votação.
O Congresso Extraordinário havia aprovado um pacote de reformas antes de dar início à disputa presidencial. As novas normas foram respaldadas através de um sistema eletrônico, o que não acontece na principal eleição do dia. O novo mandatário da entidade será decidido a partir do sistema de urna e cédula. Um dirigente por vez irá a uma cabine, representando a respectiva federação de seu país, para votar.
Após o término desse ritual, oficiais da Fifa se reúnem em uma mesa para contar as cédulas manualmente. Haverá um terceiro turno caso nenhum dos postulantes alcance os 104 votos. Nesse caso, o candidato com a menor quantidade de votos é eliminado da disputa. Todo o processo levará mais algumas horas até ser concluído.