Wendell conta detalhes do retorno do futebol alemão e projeta reta final - Gazeta Esportiva
Wendell conta detalhes do retorno do futebol alemão e projeta reta final

Wendell conta detalhes do retorno do futebol alemão e projeta reta final

Gazeta Esportiva

Por Pedro Guedes

13/06/2020 às 08:00

São Paulo, SP

O tema retorno do futebol é um dos mais recorrentes no Brasil atualmente, mesmo num momento complicado da pandemia. A maior referência no assunto é a Alemanha, primeira grande liga europeia a ser retomada. O brasileiro Wendell, do Bayer Leverkusen, conversou com a Gazeta Esportiva de forma exclusiva e detalhou como foi este retorno. Contou também como está a situação no país, que segue com restrições apesar do estado avançado de contenção da covid-19.

“Liberou algumas coisas, mas não totalmente. Você já pode encontrar até duas famílias, e as pessoas podem ficar mais juntas. Restaurantes também abriram. Então já é um avanço. Continua tendo que usar máscara, e o povo está respeitando muito”.

Wendell renovou contrato com o Leverkusen até 2022 (Foto: Reprodução/Bayer Leverkusen)


A vontade dos brasileiros de chegar neste momento vivido pela Alemanha é grande. Mas até lá, há muito que caminhar e muitos protocolos a serem seguidos. O primeiro passo tem sido dado por alguns times, que treinam divididos em pequenos grupos. Com tempo, paciência e a evolução do quadro, é possível voltar aos poucos à normalidade, como conta o lateral-esquerdo.

“No começo (foi estranho) sim. O treino era dividido em grupos de quatro ou cinco jogadores. E a gente sentiu a diferença do convívio. Mas nos adaptamos rápido porque voltamos a treinar, que era o que a gente queria. Voltar a pelo menos estar com a bola e estar no clube fazendo o que era necessário”.

Wendell tem a companhia do brasileiro Paulinho no clube (Foto: Divulgação/Bayer Leverkusen)


Em relação aos protocolos diários para treinamentos e as testagens constantes antes das partidas, não há o que reclamar. São necessárias e tem sido seguidas à risca pelos clubes e seus atletas. Mas a partir do momento em que já há contato físico nos jogos, por que a Bundesliga pede que os jogadores não se encostem nas comemorações? Wendell faz o mesmo questionamento.

“Na verdade tem alguns times que já estão fazendo diferente, né? (Risos) Os caras já estão se abraçando…Porque na verdade é um pouco esquisito esse negócio de não comemorar junto. Então é uma situação muito rígida, não precisava tanto. A gente faz teste um dia a antes do jogo, constantemente. Então já sabemos que não estamos infectados, nem os companheiros”.

Jogador participou de 29 partidas e deu duas assistências na atual temporada (Foto: Ronald Wittek/POOL/AFP)


O fato é que, com ou sem comemoração, a bola já está rolando na Alemanha. E o Campeonato vai se aproximando da sua reta final. O Bayer Leverkusen tem um objetivo claro: a vaga na Liga dos Campeões. O clube é o quinto colocado, com a mesma pontuação do Borussia Monchengladbach, primeiro na zona de classificação. O jogador brasileiro acredita que o time vai chegar lá, mas não terá vida fácil.

“O final vai ser um pouco mais difícil. A gente teve a oportunidade de ter dado um passo importante. Infelizmente a gente perdeu pontos que não esperava. Mas estamos muito confiantes ainda na classificação. Temos um jogo importante domingo e nosso principal adversário joga contra o Bayern de Munique. Temos a expectativa de que eles possam vencer e a gente também. Aí ficamos 3 pontos na frente do Monchengladbach e só depende de nós nas últimas rodadas”.




Se não bastassem todos os fatores de mudança e adaptação, os times ainda tem que se acostumar a jogar sem torcida. Desde o retorno da Bundesliga, percebe-se que o aproveitamento dos mandantes caiu, mostrando a importância do apoio vindo das arquibancadas. Wendell reitera a falta que os torcedores fazem, tornando todos os campos em "neutros".

“A torcida sempre faz falta. Acho que hoje o estádio nem está fazendo tanta diferença, por não ter torcida. Tem só o reconhecimento a mais, então você conhece melhor o campo do que o adversário. Mas o fator torcida pesa sim”.

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