Depois de listar Marin, CPI da Máfia do Futebol vai ouvir pai de Neymar - Gazeta Esportiva
Depois de listar Marin, CPI da Máfia do Futebol vai ouvir pai de Neymar

Depois de listar Marin, CPI da Máfia do Futebol vai ouvir pai de Neymar

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/05/2016 às 09:29 • Atualizado: 18/12/2016 às 16:35

São Paulo, SP

Pai de Neymar deve ir à reunião da CPI para explicar questões contratuais (Foto:Fernando Dantas/Gazeta Press)
Pai de Neymar deve ir à reunião da CPI para explicar questões contratuais (Foto:Fernando Dantas/Gazeta Press)


A CPI da Máfia do Futebol, que vem se reunindo na tentativa de ajudar a elucidar os esquemas de corrupção que vincularam à Fifa uma série de dirigentes do futebol sul-americano, planeja receber, nesta terça-feira, a presença de Neymar dos Santos.

Depois de aprovar requerimento para o colegiado da CPI ir a Nova York colher os depoimentos de José Maria Marin, que cumpre prisão domiciliar, e J. Hawilla, também radicado nos Estados Unidos, os organizadores da comissão receberão o pai de Neymar e o presidente da Conmebol.

O pai de Neymar, responsável por gerir parte da carreira do filho, e também dar as ordens na N&N – empresa que cuida da imagem do craque -, deve comparecer à reunião para esclarecer questões contratuais da época da venda ao Barcelona, no ano de 2013.

Há pelo menos uma temporada Neymar e sua família têm sido alvo de represálias do fisco espanhol, e também da Justiça brasileira, que chegou a penhorar alguns bens do craque em sinal de retaliação pelas irregularidades fiscais. Em fevereiro deste ano, o jogador depôs à Justiça na Espanha acompanhado do pai.

Além das reprimendas da Justiça, Neymar ainda é alvo de um processo movido pela DIS, grupo de investidores que detinha 40% de seu passe à época da negociação entre Santos e Barça. Os empresários, no entanto, admitem que os R$ 17,1 milhões repassados não correspondem, de forma integral, à porcentagem que lhes é de direito.

Os rumores sobre uma possível sonegação de valores na transação aumentaram no último mês, quando um site especializado em questões do mercado europeu vazou alguns detalhes do contrato do jogador com o clube catalão, e os valores vistos ultrapassavam os R$ 187 milhões.

O convite a Neymar dos Santos dividiu opiniões entre os parlamentares. “Acho que isso não vai dar em nada porque eles – Neymar pai e Neymar filho – não vão colaborar em nada já que são funcionários da CBF. Eles não viriam aqui para falar nada contra”, defendeu o deputado César Halum (PRB-TO).

Além do pai de Neymar, outra presença estudada pela comissão foi a do técnico Dunga, para tratar sobre contratos de convocações e outros aspectos organizacionais. Porém, a comissão julgou arriscado o comparecimento do treinador da Seleção à CPI às vésperas de torneios como a Copa América e os Jogos Olímpicos.

Conmebol também marcará presença – Em pleno processo de reestruturação, após a extradição de Eugenio Figueiredo aos Estados Unidos, a Conembol estará representada na CPI da Máfia do Futebol pelo presidente recém-empossado, Alejandro Domínguez.

O mandatário, que no último mês recebeu a visita do presidente da Fifa, Gianni Infantino, vai tratar sobre as questões contratuais vinculadas às empresas, que despertaram as investigações movidas pela Justiça norte-americana desde maio de 2015.

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