"Fico emocionado, né? Depois de muito tempo, depois de sair do São Paulo, de voltar num momento difícil do clube, muitas mudanças, pego no doping injustamente, lesão no joelho... Voltar a jogar no Morumbi com casa cheia, eu que sou são-paulino, é inexplicável. Fico muito feliz de estar de volta", comemorou o jogador, orgulhoso de sua determinação para retomar a carreira.
"Com doping, com lesão, eu já considerei uma vitória minha primeira convocação, contra o Flamengo. Agradeço a Deus e minha família, porque não é para qualquer um", disse, garantindo que nunca pensou em desistir e seguir outro rumo na vida. "Eu vim do nada, vim de baixo. Eu tive dificuldade na minha vida desde sempre e sempre procurei olhar lá na frente. Meu psicólogo é Deus, minha família", explicou.
O meio-campista foi revelado pelas categorias de base do São Paulo e foi titular da última conquista do clube: A Copa Sul-americana de 2012. Mas, tudo mudou quando Wellington testou positivo para as substâncias proibidas hidroclorotiazida e clorotiazida em setembro do ano passado. À época, defendia o Internacional por empréstimo. Para piorar, em abril, já perto de cumprir sua suspensão, acabou sofrendo uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho direito.
“O Wellington é um lutador, bom jogador e tem todo esse histórico anterior. O conheci em 2010, tinha a impressão que seria um grande jogador. Foi para o Inter, perdeu tempo na vida dele com o caso do doping, e agora está recuperando. Estou muito satisfeito. Um volante com características de jogador que trabalha muito de área à área, com qualidade”, comentou o técnico Ricardo Gomes, que teve a sensibilidade de colocar o atleta em campo diante de quase 50 mil torcedores em uma partida que já estava ganha.