Vítor Pereira destaca evolução em jogo contra o Juventude e lamenta saída de Jô: "Não havia outra solução" - Gazeta Esportiva
Vítor Pereira destaca evolução em jogo contra o Juventude e lamenta saída de Jô: "Não havia outra solução"

Vítor Pereira destaca evolução em jogo contra o Juventude e lamenta saída de Jô: "Não havia outra solução"

Gazeta Esportiva

Por Marina Bufon

11/06/2022 às 19:38 • Atualizado: 11/06/2022 às 21:54

São Paulo, SP

O Corinthians venceu o Juventude neste sábado, por 2 a 0, na Neo Química Arena, e o torcedor não teve como não comparar a atuação em casa com a derrota da última terça-feira, diante do Cuiabá, na Arena Pantanal. Na ocasião, a equipe perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro para o rival Palmeiras. Vítor Pereira, pelo contrário, explicou os motivos para as atuações terem sido tão diferentes e analisou o triunfo da 11ª rodada.

"Uma boa vitória. Em alguns momentos bem jogados, boa dinâmica, sem sofrer gols. Não me lembro de uma grande chance para o adversário. Podíamos ter feito mais um ou dois gols para materializar o jogo que fizemos. Não podemos comparar com o jogo anterior, porque o jogo anterior fomos obrigados a viajar duas vezes, vir a São Paulo duas vezes. Viajar, jogar em condições com clima diferente, mas de fato não jogamos. Já me pronunciei sobre o último jogo, ficamos muito aquém daquilo que podemos fazer, mas faz parte. Hoje fizemos um jogo diferente, com dinâmica, só faltaram mais gols", iniciou em coletiva de imprensa.

“Hoje (sábado) fomos mais pressionantes, foi uma falha que no último jogo baixamos muito, demos muito espaço ao adversário. A primeira parte, já disse que entrar com aquele sistema não conseguimos encontrar os espaços. O que percebi hoje foi sermos mais pressionantes, fomos mais dinâmicos, com mais qualidade, fomos mais reativos no momento de perda de bola, se não somos reativos nesses momentos, vai nos obrigar a correr para trás. Às vezes conseguimos. Independentemente do sistema, pretendemos ter o mesmo tipo de comportamento, o problema é que às vezes conseguimos e outras a equipe parece chegar atrasada, não consegue, hoje felizmente fomos mais fortes", completou.




Também em relação à partida contra o Cuiabá, o Corinthians teve uma diferença: o centroavante Jô. Na terça, o atleta foi visto em um bar durante a derrota. Depois disso, faltou ao treino e teve contrato rescindido em comum acordo. Vítor Pereira lamentou o ocorrido, mas disse que não havia outra solução para o problema.

"O Jô, lamento muito sinceramente, estava em evolução com o Jô, relação de confiança e compromisso. Tinha havido uma primeira situação, conversamos. O nosso compromisso era não voltar a acontecer, não fugir ao profissionalismo, que deixasse a imagem do clube e da própria equipe em dificuldades, o que aconteceu. Eu lamento muito, porque o Jô tem determinadas características importantes para o nosso jogo. Mas foi um comportamento repetido e, repetido, vira um padrão. Para mim não havia outra solução, mas foi uma pena, porque tem qualidade, é boa pessoa, foi sempre um jogador de grupo, um amigo que perdemos no caminho, lamentavelmente. Agora temos que reinventar soluções, temos que atacar de outra forma, ter jogadores com uma dinâmica diferente. Futebol é isso, jogadores importantes são os que estão (no clube)”", finalizou.

O Corinthians agora volta suas atenções para o duelo contra o Athletico-PR, na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Arena da Baixada, para a 12ª rodada.

Veja outros trechos da coletiva de imprensa de Vítor Pereira:

Adson e Mantuan

“Muito satisfeito com eles. Eu, provavelmente por ter trabalhado na base durante uns anos, quando vou para qualquer equipe, tenho projeto de intenções de identificar jogadores de qualidade e criar espaços para eles evoluírem, confiança para eles irem crescendo. Esse futuro passa em valorizar o trabalho que é feito na base. Se eles são cobiçados por clubes europeus, eles têm qualidade. Vão treinando com profissionais, vão adquirindo confiança e vão jogar. Adson, Du, Mantuan entrar e fazer gol, Piton também é um ótimo jogador, isso tem que fazer parte do que temos dentro do clube”.

Róger Guedes

“A minha relação com os jogadores é honesta, sincera. Já tinha dito ao Róger que, apesar da grande qualidade dele, para mim, tem muitos apagões no jogo: tem momentos que está e outros em que não está. Preciso que ele seja solicitado com bola. Se encostar nos laterais, tem momentos de apagões, depois reage tarde. O que eu pedi a ele, sabendo que ele não é um atacante de área, de referência, é um jogador que tem mobilidade, qualidade técnica, que sabe combinar, mas tem que aparecer na área e fazer gol, surpreender na hora de fazer o gol. O que mudou foi ele estar disponível e querer fazer as coisas, não estar contrariado e nem cômodo nas novas funções, desligar muito menos. Ele tem feito esse esforço e tem ajudado, não há dúvida nenhuma. Pena hoje não ter feito um gol, mas estou muito satisfeito. É um jogador que, se tiver comprometido, tem muita qualidade”.

Adson

“O Adson é aquele tipo de jogador… Não gosto que ele jogue na esquerda, mas da direita para dentro. É só dar alguma liberdade, sem dar liberdade total, porque origina caos e organização. Agora, dar alguma liberdade, esse tipo de jogador tem que ser protagonista, é acima da média, inteligente, apesar de não ser forte, sabe os momentos de pressão, percebe defensivamente que não pode jogar com o físico, mas tem que roubar bolas, pressionar, e o Adson tem evoluído nesse sentido. Depois, é qualidade que ele tem, grande talento que o clube tem em mãos. É uma questão de ir ganhando confiança”.

Rafael Ramos

“Por ser um momento muito difícil, emocionalmente ele esteve distante, como se estivesse a viver os problemas dentro da cabeça dele, viu afetar sua dignidade como ser humano e precisou de um tempo para se recompor. Foi uma partida importante para ele, pois fez um bom jogo. Estou contente por ele, porque pode nos ajudar e é um bom jogador, excelente ser humano. Portanto, feliz por ele, sei que não foi fácil voltar, agradecer muito à nossa torcida por ter apoiado durante esse tempo e também hoje”.

Importância da vitória

“Mais ainda o Campeonato Brasileiro é uma maratona, prova de duração, em que nós temos que, após uma derrota, tem que reagir imediatamente, essa que é a verdade. A equipe pode ter um mau momento, porque não temos um super elenco, estar sempre igual, o que é importante é nos manter vivos na competição. Isso que fizemos, reagimos depois da derrota, que não fomos bem. Eu vejo Guardiola falhar, Klopp falhar em algumas opções, inclusive em finais e depois pagam caro, como eu não iria falhar também? Fizemos um mal jogo (contra o Cuiabá), temos que assumir, mas reagimos. Esse é o espírito que sinto dentro desse grupo. Amizade, quando sofremos, sofremos juntos, assumimos a responsabilidade juntos, como equipe, e só assim vamos (seguir), com esse sentimento de superação. Cria-se um bom espírito de trabalho”.

Lado direito x lado esquerdo

“O lado direito com Rafa (Ramos), Giuliano e Adson também é técnico, têm muita qualidade, é muito combinativo, porque é inteligente, sabe perceber qual é a dinâmica, qual movimento deve fazer. Acho que tivemos lados equilibrados (direito e esquerdo), depois o Willian também apoiou o Róger, acho que conseguimos ser equilibrados nos dois corredores, funcionaram, no central também. Claro que o Willian é… Temos que perceber quantos jogadores e qualidade tivemos no mesmo momento fora. Hoje vimos a qualidade do Willian. Temos o Fagner de fora, o Jô que já não temos, o João Victor que nos faz falta… Muita gente de qualidade, que afeta também as dinâmicas”.

Novo esquema sem 9?

“Eu já estou tentando fazer isso, temos que ir com a qualidade dos jogadores que temos, estou tentando. O Jô era uma referência, segurar bola, num cruzamento… Há muitas coisas que se tem que alterar quando não se tem uma referência como ele. Vamos ter que chegar de formas diferentes, de trás para frente, tipo de cruzamento tem que ser diferente também, mas já estamos à procura de adaptação de jogar sem um 9 de referência”.

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