“Sabemos que os anos passam, que ele não é o mesmo de quando tinha 19 ou 20 anos, quando exercia um domínio muito grande nessa superfície. Hoje está tudo mais igualado, mas acredito que se conseguir manter o nível da Austrália, tem muitas chances de fazer uma grande temporada na terra batida”, afirmou Toni em entrevista ao Mundo Deportivo.
Tendo participado do ATP 500 do Rio nas últimas temporadas, Nadal não virá para o maior torneio brasileiro em 2017. E a ausência do astro espanhol tem uma explicação. “A questão basicamente é que quando íamos jogar no Rio, Rafael tinha muitos problemas porque a humidade o afeta muito. Essa foi a razão principal. Depois, o circuito nessa época está preparado para pista rápida e tomamos a decisão de nos prepararmos para esse piso”, acrescentou o tio de Rafa.
Para Toni, a maior mudança de seu sobrinho não foi técnica ou tática, mas de atitude. “Tem conseguido relaxar dentro da quadra, voltou a estar alegre. Por vários problemas ele não conseguia isso antes”, analisou.
Ainda segundo o treinador, outro fator que vem ajudando o Touro Miúra é a presença do multicampeão Carlos Moya em sua comissão técnica. “Em primeiro lugar, ajudou na tranquilidade de saber que um ex-número 1 de acompanha. Ademais é um grande amigo. Viajar com ele é uma grande sorte para Rafael”, pontuou.
Com a vitória em Melbourne, Federer chegou a seu 18º título de Grand Slams, quatro a mais que Nadal. “Com 17-15 estaríamos bem perto, porque acho que daria uma moral para Roland Garros. Agora 18-14 estamos longe e não é o momento para pensar em alcança-lo e, sim, em melhorar, ganhar algo. Tomara que ganhemos algo mais durante esses anos”, completou. Treinando seu sobrinho em todos os seus 14 títulos, Toni se tornou o técnico de tênis com mais conquistas de Majors na história.
