"Sem vídeo não tem mais jeito", assume diretor de arbitragem da CBF - Gazeta Esportiva
"Sem vídeo não tem mais jeito", assume diretor de arbitragem da CBF

"Sem vídeo não tem mais jeito", assume diretor de arbitragem da CBF

Gazeta Esportiva

Por Redação

22/10/2015 às 10:16

São Paulo, SP

Chefe da Comissão de Arbitragem releva críticas do Flu e pede paciência com árbitros (Foto: Divulgação)
Chefe da Comissão de Arbitragem releva críticas do Flu e pede paciência com árbitros (Foto: Divulgação)


O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sergio Corrêa, que foi alvo de diversas críticas por parte de Peter Siemsen, presidente do Fluminense, na última quarta, disse relevar a opinião do dirigente tricolor, que se mostrou irritado com a postura da arbitragem após a primeira semifinal contra o Palmeiras. Diante das crescentes polêmicas, o diretor afirma que não há mais meios de impedir a utilização dos vídeos para ajudar na tomada de decisão dos árbitros.

Em entrevista ao SporTV nesta quinta, na sede do prédio da CBF, Corrêa ressaltou a necessidade de respeitar os árbitros independentemente das falhas e até brincou com as reclamações que lhe tem sido passadas. “O trabalho e o investimento têm sido feitos na arbitragem. Chegamos a um ponto no futebol em que o árbitro, sem ter vídeo, não tem mais jeito. Entendemos o momento e a revolta”, ponderou. “Só sendo Jesus Cristo para resolver todas essas reclamações”, completou, em tom descontraído.

Se, por um lado, relevou a posição de Peter Siemsen, que “estava de cabeça quente”, o maior responsável pela arbitragem no futebol brasileiro reforçou a necessidade de se respeitar as decisões da arbitragem, apesar de reconhecer que o olho humano já não suporta tamanho nível de detalhe nas jogadas. “O ser humano que está ali não tem mais condições de decidir com a precisão que as pessoas querem. Mas tem que respeitar. Estamos falando de seres humanos e não de seres perfeitos”, declarou.

Sobre o requerimento enviado a International Board, órgão internacional que regulamenta as questões pertinentes à arbitragem, para a utilização de imagens pelos árbitros, Corrêa confirmou que um parecer mais concreto é aguardado até o mês de março, mas que até lá o futebol brasileiro precisará controlar as reclamações.

“Já foi encaminhado e falado. Eles sinalizaram que vão autorizar o Brasil a fazer um experimento. Mas até março, data limite para um ‘ok’, será preciso respeitar o ser humano, a pessoa que está ali trabalhando sozinha para o bem do futebol”, argumentou, defendendo a classe dos árbitros.

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