Para indignação da família, Justiça submete Pistorius à psicoterapia - Gazeta Esportiva
Para indignação da família, Justiça submete Pistorius à psicoterapia

Para indignação da família, Justiça submete Pistorius à psicoterapia

Gazeta Esportiva

Por Redação

06/10/2015 às 19:21 • Atualizado: 06/10/2015 às 19:23

São Paulo, SP

A novela de Oscar Pistorius com a Justiça da África do Sul ganhou mais um capítulo nesta terça-feira. Após ter a liberdade condicional negada na segunda, o campeão paralímpico será encaminhado a sessões de psicoterapia para que se conscientize do crime que cometeu. Em fevereiro de 2013, o paratleta disparou quatro tiros contra a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, e foi condenado a cinco anos de prisão por homicídio culposo (sem intenção de matar), alegando tê-la confundido com um assaltante.

Segundo a nota oficial do sistema penitenciário local, a comissão responsável pelo caso ordenou que o "detento se submeta ao tratamento psicoterapêutico para que tome consciência do crime cometido".

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Pistorius passará por psicoterapia para que "tome consciência" do crime que cometeu (foto: Kim Ludbrook/AFP)


A família de Pistorius ficou indignada com as recentes decisões judiciais, e alegou que o corredor já vem recebendo tratamento psicoterápico desde que foi condenado pela primeira vez. Além disso, incomoda aos parentes a suspeita de que o caso seja influenciado pela opinião pública.

"Esta experiência nos deixa com uma conclusão desconfortável de que uma campanha pública, política e de media desenvolvida em torno do julgamento de Oscar tem prejudicado seu direito de ser tratado como qualquer outro prisioneiro", afirmaram os familiares através de comunicado.

Pistorius, contudo, pode ter a liberdade restringida por muito mais tempo. O Ministério Público não aceita sua a versão sobre o incidente, afirma que o crime foi premeditado e apela para que ele seja julgado por assassinato, e não por homicídio culposo. Um novo julgamento está marcado para o dia 3 de novembro.

Mesmo que a Justiça mantenha a decisão inicial, ou, posteriormente, aceite o pedido de liberdade condicional, Pistorius será obrigado a frequentar as sessões até o fim da pena. Ele está preso desde o dia 21 de outubro de 2014, o que significa que o sul-africano fará psicoterapia por no mínimo mais quatro anos. Caso o veredicto seja alterado para homicídio doloso (há a intenção de matar), a pena mínima passa a ser de 15 anos.

 

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