Indiciado no caso Fifa, ex-presidente de Honduras se entrega nos EUA - Gazeta Esportiva
Indiciado no caso Fifa, ex-presidente de Honduras se entrega nos EUA

Indiciado no caso Fifa, ex-presidente de Honduras se entrega nos EUA

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/12/2015 às 16:13 • Atualizado: 14/12/2015 às 16:18

São Paulo, SP

Indiciado ao lado de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, o ex-presidente de Honduras (1990-1994), Rafael Callejas, viajou aos Estados Unidos para se entregar à Justiça, que havia solicitado sua extradição. O homem de 72 anos, que também comandou a Federação Hondurenha de Futebol (Fenafuth) e foi membro do Comitê de Marketing e Televisão da Fifa, é acusado de receber mais de 300 mil dólares de suborno no escândalo de corrupção da Fifa.

De acordo com os documentos oficiais, Callejas, ao lado do secretário Alfredo Hawit, receberam 300 mil dólares cada para ceder à empresa Media World os direitos de televisão de marketing das Eliminatórias da Copa do Mundo 2022. O contrato foi confirmado pelo porta-voz da empresa, Roger Huguet, e pelo próprio político hondurenho.

Callejas viajou a Nova York em voo privado. Segundo o chanceller Arturo Corrales Álvarez, a iniciativa de enfrentar julgamento nos Estados Unidos partiu do próprio ex-presidente, cuja carreira política também foi manchada por acusações de corrupção.

Callejas aceitou a extradição e viajou para os EUA para encarar julgamento (foto: AFP)
Callejas aceitou a extradição e viajou para os EUA para encarar julgamento (foto: AFP)


"Ele pegou o avião em plena posse de suas faculdades e com total autonomia de seu ato até o último minuto. A viagem foi coordenada entre as autoridades hondurenhas e norte-americanas sobre o curso legal do ex-presidente Callejas", disse Álvarez.

Além de Callejas, Del Nero e Teixeira, outras 13 pessoas são indiciadas pela Justiça dos Estados Unidos por corrupção, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito. A procuradora-geral Loretta Lynch avisou, no início de dezembro, que o governo dos EUA negocia com autoridades das nações dos acusados para buscar acordos de extradição.

“A mensagem desse indiciamento deve deixar claro para todos os indivíduos culpados que querem permanecer nas sombras, esperando escapar da nossa investigação: você não nos deixará fora. Você não escapará do nosso foco”, alertou Lynch.

O recado serve para Del Nero, que parou de acompanhar a Seleção Brasileira e não sai do País desde maio, quando seu antecessor na presidência da CBF, José Maria Marín, foi preso em meio às investigações sobre corrupção entre dirigentes da Fifa. Marín aceitou a extradição e atualmente cumpre prisão domiciliar em Nova York. Já Ricardo Teixeira, presidente da CBF entre 1989 e 2012, vive uma rotina reclusa no Rio de Janeiro e ainda não se pronunciou se irá ou não acatar à extradição.

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