“Budapeste vem pedir formalmente ao conselho municipal que retire a candidatura húngara de acordo com o governo”, declarou o prefeito à agência de notícias estatal, MTI. “O governo, o prefeito e o grupo parlamentário do Fidesz (partido) propõem a retirada da candidatura do Comitê Olímpico Húngaro ao governo municipal”, detalhou um porta-voz do partido.
Em janeiro, um grupo contrário à realização das Olimpíadas no país fez uma campanha chamada Momentum, que recolheu assinaturas obrigando as autoridades a consultarem a população. Vários partidos políticos de oposição ao primeiro ministro Viktor Orban também endossaram a campanha.
Foram mais de 266 mil assinaturas – mais do que o dobro do necessário pela lei do país para ser organizada uma consulta popular - organizadas em apenas um mês pelo movimento contrário aos Jogos. Apesar de um grande apoio da população em um primeiro momento, os custos do evento passaram a preocupar parte do povo húngaro.
“As pessoas deveriam ter sido consultadas dois anos atrás para evitar uma situação assim”, criticou Andras Fekete-Gyor, um dos líderes do movimento. Já o presidente do Comitê Olímpico Húngaro, Zsolt Borkai, se mostrou decepcionado. “Sinto ver que o sonho acabou”, afirmou.
Além de Roma e Budapeste, Hamburgo, na Alemanha, também se retirou da disputa após um referendo popular. Já em 2015, 51,7% da população de Hamburgo votou contra a realização da competição na cidade e obrigou as autoridades a retirarem a candidatura.
