Após romper com a Arena Pernambuco Negócios e Participações, o Governo do Estado de Pernambuco resolveu delegar à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer a gestão da Arena Pernambuco por tempo indefinido, enquanto a busca por um novo parceiro para administrar o negócio acontece nos bastidores.
A escolha de um novo gestor, no entanto, vai depender de um processo licitatório que deverá investigar a diferença entre as receitas estimadas pela empresa e aquelas que foram alcançadas. A empreiteira Odebrecht, que atuou na conecção desta e de outras obras em estádios da Copa, é a principal investigada na 26ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última semana.
Até a conclusão do processo de investigação, caberá ao secretário Felipe Carreras fazer a administração do estádio, que na última sexta-feira teve recorde de público ao receber mais de 45 mil pessoas no duelo entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias.
Com data marcada para encerrar oficialmente na sexta-feira, a parceira público-privada com a antiga gestora durou apenas três anos quando estava prevista para ser mantida até 2043. Com isso, a partir de sábado, 1ª de abril, o Governo do Estado passa a ser responsável pela construção em São Lourenço da Mata.
Em entrevista à imprensa local após a definição, o secretário Felipe Carreras previu que, em dez dias, uma coletiva deverá ser convocada para anunciar o plano de gestão que será adotado com relação à Arena. Uma das funções é encontrar um meio-termo conveniente entre a necessidade de lucro do estádio e o interesse de clubes como Sport, Santa Cruz e Náutico.
Dos três grande de Pernambuco, apenas o Náutico vinha utilizando a Arena com frequência por usufruir de um acordo com a antiga administradora da obra, desligada de sua função após estudo encomendado à Fundação Getúlio Vargas, que trouxe luz a um possível esquema ilícito em torno dos contratos.
