Ecclestone volta a criticar postura da FIA e "democracia" na Fórmula 1 - Gazeta Esportiva
Ecclestone volta a criticar postura da FIA e "democracia" na Fórmula 1

Ecclestone volta a criticar postura da FIA e "democracia" na Fórmula 1

Gazeta Esportiva

Por Redação

28/07/2015 às 15:28 • Atualizado: 28/07/2015 às 15:34

São Paulo, SP

Bernie Ecclestone voltou a resgatar seu já conhecido discurso sobre a democracia na Fórmula 1. Em entrevista ao Movistar, o presidente da Fórmula One Management (FOM) afirmou mais uma vez que a categoria máxima do automobilismo deveria ser menos diplomática a fim de incentivar mais a competitividade entre os pilotos, e assim, ser mais atrativa para o público.

“O problema é que a Fórmula 1 de hoje é como uma democracia e eu sou um pouco contra a democracia”, disse o chefe. “O difícil é conseguir que todos fiquem de acordo. Se chegássemos a um acordo com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), poderíamos fazer o que achamos que é certo, como deveria ser.”

Não é a primeira vez que Bernie critica a postura da FIA, principalmente de Jean Todt, presidente da entidade. O chefão da F1 alfinetou o dirigente em maio deste ano ao dizer que Todt era “muito democrático” e “queria agradar a todos”. Desta vez, o dirigente de 84 anos pediu claramente a volta de Max Mosley, que ocupou o cargo principal entre 1993 e 2009.

Ecclestone voltou a criticar a postura na FIA quanto às regras que deixam a Fórmula 1 "mais democrática" (foto: AFP)
Ecclestone voltou a criticar a postura na FIA quanto às regras que deixam a Fórmula 1 "mais democrática" e menos competitiva (foto: AFP)


“A Fórmula 1 deveria ser um campeonato de pilotos. Quando as luzes se apagam, o piloto teria que conduzir. O engraçado é que eles não gostam disso. Eles querem estar no comando. Ficaria encantado se Max Mosley voltasse, creio que muita gente o deseja”, avaliou.

Questionado sobre as mudanças que faria se tivesse hegemonia sobre as decisões da competição, Bernie escolheu as regras sobre os motores. Se dependesse dele, não haveria quantidade máxima de trocas nas engrenagens dos carros nem tampouco punição.

“Nunca teria aceitado. A F1 se tornou demasiado clínica. Não pode fazer isso, não pode fazer aquilo. Imagine o pobre piloto que luta pelo quarto lugar do pódio e o punem com cinco ou dez posições por trocar a caixa de câmbios ou o motor. Creio que seja um erro.”

O empresário defendeu a ideia de levar as corridas para lugares que oferecerem mais dinheiro e usou como exemplo o GP da Alemanha, que saiu do circuito em 2015, e da Itália, que pode sair do calendário na próxima temporada.

"Temos muitos lugares que estão há muito tempo na F1 e pensam que é seu direito, que podem ir dormir e não fazer todas as coisas que os outros fazem. Não sei o que vai se passar com a Alemanha. Se respeitarem o contrato, está tudo bem. Monza poderia cair. Não parece que querem fazer funcionar. É triste que chagamos a um acordo faz dois anos e eles esqueceram. Gosto de tratar com gente, não necessariamente só com contratos, senão com um aperto de mãos. E espero que as pessoas respeitem sua palavra. Isso não passou", avaliou o ex-piloto.

Por fim, Ecclestone reconheceu que seus comentários e críticas desagradam a muitos envolvidos no automobilismo. "Muita gente se sentirá aliviada e feliz quando eu sair", completou.

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