Defesa de Napout quer provas e fim das restrições em prisão domiciliar
Por Redação
19/02/2016 às 10:23 • Atualizado: 19/02/2016 às 10:24
São Paulo, SP
Preso em Zurique no início de dezembro e extraditado aos Estados Unidos, Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, conseguiu o direito de aguardar o julgamento em liberdade mediante o pagamento de uma fiança de 20 milhões de dólares (cerca de R$ 80 milhões). Cumprindo prisão domiciliar em Nova York, o paraguaio, no entanto, não está satisfeito com sua condição.
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Imputado dos crimes de lavagem de dinheiro, fraude e associação para fins indevidos, Napout tenta, por meio de seus advogados, uma flexibilização do regime de prisão domiciliar. O ex-chefe do futebol sul-americano tenta se livrar do monitoramento eletrônico 24 horas por dia e ter o direito de ir e vir para fora de sua casa sem autorização do FBI ou da Justiça norte-americana.
Os advogados John Pappalardo e Silvia Piñera Vázquez acusou o tribunal do Brooklyn de conduzir o processo contra Napout de forma “extremamente débil”. “Uma revisão das provas entregues até esta data revelam que a acusação do Governo contra o senhor Napout é débil”, escreveram em um comunicado endereçado a Raymond Darie, magistrado do tribunal.
Alegando que não foram apresentadas sequer gravações ou documentos que comprovem o envolvimento de Napout em esquemas fraudulentos, os advogados ainda tentam diminuir a fiança em 5 milhões de dólares (cerca de R$ 20 milhões).
Dos 39 dirigentes e empresários envolvidos no esquema, e que estão sob a mira da Justiça desde maio de 2015, 12 já se consideraram culpados e colaboram com as investigações em troca de benefícios no cumprimento da pena. Outros 27 ainda estão sendo julgados, entre eles, Juan Ángel Napout, José Maria Marin e Jack Warner, por exemplo.