Cria do "Terrão", Coelho exalta estrutura corintiana para a base
Por Marcelo Baseggio
20/12/2017 às 09:00
São Paulo, SP
“É uma realidade completamente diferente. A estrutura que esses meninos têm é fantástica. Temos departamentos hoje que eu costumo falar para eles que, se fosse na minha época, eu estaria jogando futebol até hoje. Isso eu tenho plena convicção. A velocidade que as notícias chegam, as informações, o feedback, análise de desempenho, departamento físico... tudo o que você pode imaginar que o profissional tem, aqui eles também têm. Por isso, eles têm que aproveitar cada minuto que eles passam aqui dentro, porque hoje há uma facilidade maior para ser jogador profissional”, afirmou Coelho.
O ex-lateral fez parte de uma das últimas gerações formadas no já extinto “Terrão” do Parque São Jorge. Prestes a comandar o Corinthians na Copinha, Dyego Coelho também já disputou o torneio, em 2001, no entanto, o Timãozinho não conseguiu realizar uma boa campanha naquela edição. Mesmo assim, ele conseguiu se destacar e acabou promovido, realizando, logo em seguida, sua primeira pré-temporada no time profissional. “A Copinha dá muita visibilidade, né? Se o jogador souber aproveitar, ele pode sair daqui e achar algo melhor para a vida dele”.
Mais jovem do que a grande maioria dos treinadores, o comandante do Timãozinho tem uma maneira bastante peculiar de trabalhar com os garotos. Além de executar tudo aquilo que faz parte da rotina de um técnico, Coelho também faz questão de participar dos treinamentos de seus goleiros. Entre chutes certeiros e outros nem tão calibrados, ele explica a razão de acompanhar de perto as atividades coordenadas pelo preparador de goleiros Leandro Idalino.
“Eu costumo estar perto, passar uma informação maior, porque hoje os goleiros estão trabalhando cada vez mais com os pés. Então, eu procuro estar perto. Ainda estou judiando um pouquinho deles”, brincou o ex-lateral, que diz ter a pretensão de ser mais do que um treinador para os jovens talentos.
“O meu estilo é simples. Eu só quero dar para eles o que eu tive aqui dentro, ser companheiro deles, ser parceiro. A gente sabe que é difícil chegar [no profissional], então é preciso orientá-los, torná-los pessoas melhores. Esse é o meu estilo. Eu cobro bastante aqui dentro. No jogo eu sou muito tranquilo, mas aqui são duas, três horinhas que a gente passa junto e precisamos, a cada lance, fazer com que o treino renda, que eles tenham orgulho, prazer de estarem aqui”, completou.