As partidas Independiente Santa Fe x River Plate e Atlético Nacional x Argentinos Juniors, ambas pela Libertadores, e La Equidad x Lanús, pela Sul-Americana, serão disputadas nesta quinta-feira em Assunção, informou a entidade em um comunicado.
🗓️🏟️Reprogramación de los partidos
— CONMEBOL Media (@ConmebolMedia) May 4, 2021
✔️CONMEBOL @Libertadores
🇨🇴 @SantaFe Vs 🇦🇷 @RiverPlate
🇨🇴 @nacionaloficial Vs 🇦🇷 @AAAJoficial
✔️CONMEBOL @Sudamericana
🇨🇴 @Equidadfutbol Vs 🇦🇷 @clublanus
Más info 🔗➡️ https://t.co/VSXp8Z7bLL pic.twitter.com/bYUtpL21eb
"A falta de garantias devido a problemas sociais" forçou a retirada dos jogos da Colômbia, disse o La Equidad em comunicado. Atlético Nacional e Santa Fe ainda não se pronunciaram.
No momento, as partidas entre Junior Barranquilla e Fluminense pela Libertadores, e Tolima contra o equatoriano Emelec pela Sul-Americana, permanecem em suas respectivas sedes iniciais: Barranquilla (norte) e Ibagué (oeste).
Na Colômbia, intensos protestos sociais ocorrem há quase uma semana contra o governo do presidente Iván Duque, deixando cerca de vinte mortos, centenas de feridos e pelo menos 89 desaparecidos.
O futebol não escapa da eclosão social, faltando 40 dias para o país receber a Copa América-2021, que organizará junto com a Argentina.
📄Comunicado oficial 009- cambió sede Copa Sudamericana partido 🆚 Lanús pic.twitter.com/xd9p2VYOMd
— EquidadClubDeportivo (@Equidadfutbol) May 4, 2021
Caos e desabastecimento
Na tarde desta terça-feira houve bloqueios nas principais estradas do centro e sudoeste do país, e as manifestações persistem em Bogotá e Cali, onde as autoridades acusam desabastecimento de combustível e militares patrulham as ruas.
No fim de semana, manifestações na cidade de Palmira (sudoeste) impediram o Tolima de jogar o jogo de volta das quartas de final do torneio local contra o Deportivo Cali.
E a cidade da Armenia, onde o duelo entre Santa Fé e River estava marcado pela terceira rodada do Grupo D, se negou na segunda-feira a receber uma partida da segunda divisão, alegando motivos de ordem pública.
Medellín (noroeste) e Pereira (oeste), onde Atlético Nacional e La Equidad vinham disputando suas partidas continentais, também foram palco de protestos massivos.
Cali, sede do duelo entre América e Atlético Mineiro pela Libertadores do dia 13 de maio, está militarizada e é o epicentro da violência.
Em meio às manifestações e tumultos que se seguiram, a ONU, a União Europeia e os Estados Unidos denunciaram o uso desproporcional da força por parte da polícia.
Embora o governo tenha retirado de pauta a reforma tributária que precipitou as manifestações, os protestos persistem e seus organizadores fizeram novas reivindicações, como a "desmilitarização" das cidades e o "desmantelamento" da tropa de choque.
Segundo o governo, a força pública é vítima de agressões orquestradas por grupos armados que operam no país após mais de meio século de conflito interno. A assinatura do acordo de paz com a guerrilha das Farc em 2016 não parou a violência.
Além dos protestos, o país enfrenta um terceiro pico da pandemia que obrigou Santa Fe e La Equidad a buscarem sedes fora de Bogotá, onde mandam seus jogos.
Desde o dia 6 de março de 2020, a Colômbia registra mais de 2,9 milhões de infecções por covid-19 e 75.627 mortes.
O governo argentino tem dúvidas sobre a conveniência de realizar o torneio em meio à pandemia, que também está se agravando no país. Porém, Colômbia e Conmebol insistem em seguir em frente com a competição.