Técnico da Venezuela coloca cargo à disposição após vencer Argentina - Gazeta Esportiva
Técnico da Venezuela coloca cargo à disposição após vencer Argentina

Técnico da Venezuela coloca cargo à disposição após vencer Argentina

Gazeta Esportiva

Por Redação

23/03/2019 às 17:27

São Paulo, SP

Dudamel não gostou da visita do embaixador de Guaidó ao vestiário da seleção (Foto: PIERRE-PHILIPPE MARCOU / AFP)


Mesmo com a vitória surpreendente diante da Argentina na volta de Lionel Messi em amistoso disputado nessa sexta-feira, Rafael Dudamel, treinador da seleção venezuelana, pode deixar o cargo após a partida contra a Catalunha, programada para a segunda-feira.

O ex-goleiro de 46 anos não gostou de uma visita que o time recebeu antes do embate contra os argentinos e colocou o posto à disposição. Na oportunidade, Antonio Ecarri, embaixador designado por Juan Guaidó na Espanha, foi ao vestiário da Venezuela. O gesto foi visto como uma tentativa de "politizar" a seleção venezuelana de futebol em meio ao caos vivido no país.

Guaidó liderou a oposição ao presidente Nicolás Maduro e se autoproclamou chefe interino do executivo no final de janeiro. A partir desse momento, a crise política e social da Venezuela se agravou. Esse foi o motivo da reprovação da visita por parte de Dudamel.




"Recebemos a visita do embaixador de Guaidó na Espanha e isso foi politizado de maneira lamentável. Atendemos os embaixadores do governo de Maduro e hoje recebemos Ecarri de maneira gentil e respeitosa, mas infelizmente politizaram a visita, tornando-a antiética e desrespeitosa, uma experiência desagradável utilizada de forma muito pobre. Nós vivemos em águas turvas porque estamos sendo politizados. Agora vou sentar para conversar, friamente, com os dirigentes, dentro da minha decisão e posição", disse.

Dudamel também se envolveu em uma confusão política em 2017, quando comandava a seleção sub-20 do país. Na ocasião, após classificar o time às finais do Mundial da categoria, o treinador criticou Maduro em rede nacional.

"Presidente, vamos recolher as armas. Hoje um garoto de 17 anos nos deu alegrias, mas ontem morreu um da mesma idade nas ruas. Esses garotos que vão às ruas querem uma Venezuela melhor", argumentou o técnico na época.

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