Após passar 15 meses treinando longe do grupo principal vascaíno, o lateral-direito Nei retornou aos gramados no último sábado e ajudou o Cruz-Maltino a superar o Macaé, em São Januário, pelo placar de 3 a 0, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Carioca. A lembrança do longo estaleiro fez o defensor desabar no gramado e chorar copiosamente depois do apito final – ato responsável por tocar os torcedores, que passaram a gritar o nome do jogador.
Recordando o tempo afastado, Nei disse ter buscado na família a superação para seguir trabalhando em busca de espaço. O atleta, natural de Bragança Paulista-SP, tem em seu currículo uma boa passagem pelo Internacional, onde conquistou a Copa Libertadores da América, em 2010. Entretanto, desde que chegou ao clube da colina, nunca conseguiu unanimidade. A nova chance veio com Doriva, após a lesão de Mádson, e o jogador espera agarrá-la.
“Eu costumo falar que tudo na vida é desafio. Cabe a você escolher desistir ou superar. Eu uso a frase do Rocky Balboa tatuada no meu corpo: ‘Ninguém vai bater tão forte quanto a vida’. Quando você apanha e cai, tem que se levantar. Assim você vai seguir em frente. Aquilo (afastamento do grupo principal) foi mais um soco que tomei na vida, mas, graças a Deus, venho me levantando”, afirmou Nei à TV Vasco, antes de findar o raciocínio: “Um vencedor depois de um tombo sempre volta mais forte”.
O fator que culminou no afastamento não pôde ser explicado por Nei. Porém, o lateral-direito garantiu que a decisão desencadeou um conflito interno, que o defensor se dedicará para superar. “Por onde passei, fui campeão. Por onde passei, fui capitão. Por qual motivo não conseguiria repetir esse sucesso em um clube da dimensão do Vasco? Tinha uma dívida comigo mesmo e agradeço ao clube por dar essa chance de trazer de volta o atleta que foi vitorioso nos clubes anteriores”, encerrou.
