Confortado pela vitória de 3 a 0 sobre os atuais campeões da Copa América, resultado que deixou o Uruguai na vice-liderança das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, Edinson Cavani não mostrou ressentimentos ao reencontrar o chileno Jara. Os dois protagonizaram polêmica em duelo da Copa América, apitado pelo brasileiro Sandro Meira Ricci, mas apararam as arestas em reencontro na última terça.
Em jogo disputado em junho, em Santiago, válido pelas quartas de final da Copa América, Jara apelou ao provocar Cavani dentro de campo, assediando-o de maneira deselegante. A revolta pela dedada fez com que Cavani fosse expulso e assistisse a eliminação dos uruguaios do banco de reservas. Na oportunidade, Jara foi suspenso por dois jogos pela Conmebol e até viu sua continuidade no alemão Mainz arriscada.
Na última terça, após a vitória da Celeste em Montevidéu, as câmeras de televisão flagraram uma conversa entre os dois após o apito final. Perguntado sobre o teor do bate-papo já nos vestiários, Jara não quis se pronunciar. Já Cavani, contente pela vitória, não teve problemas em admitir o pedido de desculpas do adversário.
"O Jara me pediu desculpas por tudo que ele havia dito. Isso já é um tema passado", admitiu Cavani, que além de sofrer assédio físico, também foi moralmente atingido ao ser provocado sobre a situação de seu pai, que à época tinha se envolvido em um acidente de carro - com uma vítima fatal - e encontrava-se em litígio com a justiça. "Eu falei que estava tudo bem e que tive sorte. Não seria educado continuar falando sobre o tema", prosseguiu.
Com três vitórias em quatro jogos, o Uruguai visitará o Brasil na retomada das Eliminatórias, em março de 2016, em jogo que deverá acontecer na Arena Pernambuco. Já o Chile, que perdeu uma posição na tabela com o revés, vai enfrentar a Argentina dentro de casa, mas não poderá contar com os meias Arturo Vidal e Jorge Valdivia, que terão de cumprir suspensão.
