Técnico pede tempo para São Paulo melhorar e entende ira da torcida - Gazeta Esportiva
Técnico pede tempo para São Paulo melhorar e entende ira da torcida

Técnico pede tempo para São Paulo melhorar e entende ira da torcida

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero

25/08/2016 às 09:00

São Paulo, SP

Torcida do São Paulo vaiou a equipe após a derrota para o Juventude, da terceira divisão (Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press)
Torcida do São Paulo vaiou a equipe após a derrota para o Juventude, da terceira divisão (Foto: Djalma Vassao/Gazeta Press)


Com apenas dois jogos nesta sua segunda passagem pelo São Paulo, o técnico Ricardo Gomes já se vê obrigado a obter imediatamente resultados positivos para trabalhar com sossego. Na última quarta-feira, viu sua equipe sucumbir diante do Juventude, da terceira divisão nacional, por 2 a 1, em pleno Morumbi, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Após o revés, o treinador vindo do Botafogo afirmou que apenas o tempo fará com que os jogadores assimilem a forma com a qual deseja que atuem.

"Tempo. Foi pouco tempo de trabalho, consequentemente vai ter dúvidas. Então, não tem o que fazer. Toda essa mudança de comando tem um preço", disse Gomes, que foi apresentado no Tricolor no dia 16 de agosto, estreando à beira do campo no último domingo, no empate por 1 a 1 contra o Internacional, em Porto Alegre .

"Você não monta uma equipe de um dia para o outro. Não quero dizer que estou chegando, ficar refém disso, a responsabilidade é minha dos resultados, desde o jogo contra o Inter. Mas como você monta uma equipe, precisa de tempo. Precisamos maturar essa equipe. Alguns jogadores importantes saíram. Tem que ter uma nova associação. Uma equipe com poder e ainda não é o caso de hoje. Essa equipe ainda não tem poder", emendou o comandante.

Para a partida contra o Juventude, Ricardo Gomes armou a equipe com o intuito de ser mais ofensiva em relação aos últimos jogos, montando o esquema no 4-1-4-1. Promoveu as entradas de Bruno e Carlinhos nos lugares de Julio Buffarini e Eugenio Mena, respectivamente. Deixou João Schmidt como volante mais recuado, dando liberdade para Hudson e Thiago Mendes auxiliarem Kelvin e Christian Cueva nas pontas. Todos esses atrás do atacante argentino Andres Chavez.

A nova formação, no entanto, não funcionou. O time ficou exposto defensivamente - como no primeiro gol, em que Roberson invadiu a área tricolor sem resistência para abrir o placar para a representação gaúcha -, e não apresentou criatividade no ataque, abusando das jogadas aéreas. No entanto, Ricardo Gomes confia plenamente na evolução do São Paulo conforme o seu trabalho for sendo realizado.

"Vamos reverter, não tenho dúvida. Tomamos o gol no início, mas nos reencontramos, aí no segundo tempo foi mérito do Juventude, muito bem organizado. Depois do pênalti, perdemos a fluidez do jogo. Isso foi chato, temos de trabalhar muito, jogar de forma organizada e com fluidez. Perdemos (a partida) depois do segundo gol", explicou o treinador, que preferiu não comentar os protestos da partida após a derrota, embora tenha demonstrado que entende tal reação.

"Comportamento de torcida não dá para analisar. Certamente não foi por esse jogo, tem um histórico. Aí você não pode questionar nem torcida, organizada, não organizada. Eu tenho de melhorar o time do São Paulo, não analisar o comportamento da torcida", finalizou.

Ricardo Gomes terá no próximo domingo, a partir das 16 horas (de Brasília), uma nova chance de conquistar sua primeira vitória neste seu retorno ao São Paulo. O duelo será contra o Coritiba, novamente no Morumbi, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Pela Copa do Brasil, o Tricolor buscará reverter a desvantagem diante do Juventude somente no dia 21 de setembro, em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi. A equipe paulista precisa de uma vitória por dois gols de diferença para avançar às quartas de final. Caso devolva o placar do primeiro embate, a definição da vaga acontecerá na disputa por pênaltis.

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