Soluções de Bauza para o São Paulo decepcionam e amargam má fase - Gazeta Esportiva
Soluções de Bauza para o São Paulo decepcionam e amargam má fase

Soluções de Bauza para o São Paulo decepcionam e amargam má fase

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

07/10/2016 às 08:00

São Paulo, SP

Hoje o São Paulo é comandado por Ricardo Gomes e tem seu futebol gerido por Marco Aurélio Cunha. A dupla, no entanto, chegou há pouco tempo e apenas tem tentado dar continuidade, claro que com novas ideias, ao trabalho deixado por Edgardo Bauza e Gustavo Vieira de Oliveira. O problema é que as maiores apostas dessa herança não estão correspondendo como se esperava e cada vez menos se apresentam como as soluções para a equipe, que vive situação preocupante no Campeonato Brasileiro.


O primeiro pedido de Bauza atendido pela diretoria são-paulina foi a contratação de Cueva. O peruano chegou sob a promessa de que poderia suprir a ausência de Paulo Henrique Ganso depois de uma bela Copa América e rapidamente se tornou titular e cérebro do time no meio de campo.


Mas, as últimas partidas tem mostrado que Cueva ainda tem muita dificuldade em manter uma regularidade dentro de um mesmo jogo. Seu desempenho cai bruscamente no segundo tempo das partidas e a comissão técnica já trabalha para tentar corrigir esse ‘defeito’. Ricardo Gomes entende que Cueva ainda está em processo de adaptação ao futebol brasileiro e seu calendário apertado, e por isso tem sofrido com a parte física.


Até agora, o meia, que tem contrato válido por quatro temporadas, fez 17 jogos pelo Tricolor do Morumbi, contribuiu com cinco gols (quatro de pênalti), mas foi sacado do time em quatro oportunidades e já levou seis cartões amarelos.



Julio Buffarini custou R$ 6 milhões e foi uma das exigências de Patón Bauza antes do técnico sair do clube (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Julio Buffarini custou R$ 6 milhões e foi uma das exigências de Patón Bauza antes do técnico sair do clube (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Outro atleta que foi contratado com o aval do atual técnico da seleção argentina foi Andres Chavez. O centroavante chegou até a empolgar com um início arrebatador em que marcou seis gols em nove jogos. O feito rendeu a Chavez até mesmo a música antes cantada a Jonathan Carelli, seu amigo e ex-companheiro de Boca Juniors.


Agora, porém, o camisa 9 já vive uma seca de seis jogos sem balançar as redes. Dos 15 jogos que fez com a camisa do São Paulo, Chavez só não atuou os 90 minutos em duas oportunidades. E o argentino não pode reclamar de falta de chances para findar o jejum. Contra Sport, Flamengo, Vitória e Atlético-PR, o jogador teve tudo para voltar a marcar. Até mesmo na vitória contra o Cruzeiro, Chavez acabou desperdiçando um pênalti, já dando mostras da má fase que estaria por vir.


Mas, talvez a maior decepção seja Julio Buffarini. O jogador era insistentemente pedido por Patón Bauza, mesmo diante das explicações do clube sobre as dificuldades em concretizar o negócio junto ao San Lorenzo. No fim, o São Paulo resolveu ceder e pagou cerca de R$ 6 milhões pelo lateral direito, que chegou com pompa de titular absoluto.


E até agora o investimento não se justifica. Buffarini é visto como um jogador afobado muitas vezes, já foi advertido com cinco cartões amarelos em apenas dez jogos no novo clube, não marcou nenhum gol, não deu nenhuma assistência e, pior, parece ter perdido a vaga de titular para Bruno. Nos duelos contra Juventude e Flamengo, Ricardo Gomes sequer utilizou o argentino. Na última quarta, na derrota para o Sport, Buffarini entrou no intervalo apenas por causa da lesão de Matheus Reis e por Mena estar com a seleção do Chile.


Ricardo Gomes tem encontrado sérias dificuldades para conseguir fazer o São Paulo engrenar e pôr fim a má fase da equipe no Campeonato Brasileiro depois de uma eliminação vexatória na Copa do Brasil. Mas, o treinador também precisa que toda a herança deixada por seu antecessor, os jogadores contratados depois de muita insistência de Edgardo Bauza, correspondam dentro de campo às expectativas e os investimentos feitos, à época para satisfazer o técnico argentino diante das saídas dos principais astros do grupo.


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