O título tem sabor especial não só por se tratar de uma defesa da conquista do ano passado, mas também pelo clube ter optado em disputar a competição com atletas de seus planteis do Sub-17, Sub-18 e Sub-19. Isso porque a geração Sub-20 não tinha mais perna, já que só nesta temporada ergueu as taças do Paulistão, da Copa do Brasil, outro Bi, e da Copa Libertadores da América.
O jogo
Desde o começo, a partida, apesar de equilibrada, tinha o São Paulo como responsável por ditar o ritmo de jogo. O toque de bola da equipe do técnico Rafael Paiva, uma estratégia adotada em todas as categorias de base do Tricolor do Morumbi, forçava o Botafogo recuar com todos os seus homens atrás do meio campo em boa parte do jogo. Mas, sempre que tinha a bola sob seu domínio, o time carioca mostrava que sabia muito bem o que fazer e quase sempre chegava com perigo ao gol de Denis.
Desta forma, a final seguia equilibrada até o primeiro gol. E ele veio depois de uma infantilidade de Gabiga, que resolveu empurrar seu adversário pelas costas dentro da área. Leandro Vuaden não titubeou e assinalou o pênalti, que acabou convertido por Igor Cássio.
Tendo de correr atrás do prejuízo, o São Paulo voltou diferente para o segundo tempo. Mais do que qualquer mudança de peças, o técnico Rafael Paiva conseguiu fazer com que seus atletas tivessem uma nova atitude dentro de campo. Assim, depois de tanto pressionar, o gol de empate foi questão de tempo. Logo aos 9, Léo Natel deixou tudo igual em lance confuso e que contou com falha do goleiro Diego.
O que os são-paulinos não esperavam era tomar um gol no único contra-ataque que o Botafogo conseguiu encaixar na etapa final. Alison serviu Amilcar e o atacante não perdoou, colocando novamente o Glorioso em vantagem.
A salvação do Tricolor veio do banco de reservas. Poucos minutos depois de entrar em campo, Oliveira aproveitou sobra de bola alçada na área e pegou de primeira para deixar tudo igual de novo. Um golaço do São Paulo.
Assim, a decisão foi para os pênaltis. E o goleiro Danis acabou se consagrando ao defender a cobrança de Victor Lindenberg, a primeira dos cariocas. Kanu, Alison e Fernando até converteram suas penalidades para o Botafogo, mas o aproveitamento impecável dos são-paulinos foi fatal. Gaúcho, Diego, Paulinho, Oliveira e Léo Natel decretaram o bicampeonato do São Paulo na Copa RS.