Retornando na saída de Aidar, Kardec garante que política não interfere - Gazeta Esportiva
Retornando na saída de Aidar, Kardec garante que política não interfere

Retornando na saída de Aidar, Kardec garante que política não interfere

Gazeta Esportiva

Por Theo Chacon, especial para GE.net

13/10/2015 às 13:24 • Atualizado: 13/10/2015 às 19:09

São Paulo, SP

O retorno de Alan Kardec aos gramados, que pode acontecer contra o Fluminense, nesta quarta, coincide, na questão temporal, com a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar, que deve ser formalizada por meio de carta ainda nesta terça-feira. Depois de passar seis meses afastado dos campos para se recuperar de uma lesão no joelho, o atacante quer focar mais que nunca nos gramados como forma de isolar as questões de grupo das polêmicas nos bastidores.

“Acho que os jogadores não têm que se meter na parte política. O que acontece lá em cima não interfere tanto. Temos o nosso ambiente de trabalho, que é no campo. O Morumbi e o centro de treinamento para nós é um ambiente de trabalho, não tem nada a ver com parte política. Essas coisas aí não interferem em nada”, garantiu o camisa 14, mostrando-se alheio aos recentes acontecimentos políticos do clube.

Na parada que compreendeu os jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, enquanto Kardec aproveitava o calendário vazio para intensificar os trabalhos, já na parte final de recuperação, as polêmicas envolvendo as questões políticas do São Paulo não pararam de surgir.

No CCT da Barra Funda, Kardec vê estrutura suficiente para esquecer os fatos extra-campo (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
No CCT da Barra Funda, Kardec vê estrutura suficiente para esquecer os fatos extra-campo (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Após se desentender com o ex-vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro e anunciar a demissão de grande parte da diretoria na última semana, o presidente Aidar segue com a renúncia marcada para esta terça, apesar de ter cancelado uma reunião presencial com seus ex-dirigentes. Nada que surpreenda ou atrapalhe os planos de Alan Kardec. “Sobre os noticiários turbulentos, acho que cabe a nós dar ouvidos ou não. Eu não dou ouvido. Estamos aqui para receber ordens, temos uma comissão que nos dita o trabalho e nos dá condição para trabalhar. A parte política não nos cabe tanto”, falou.

“O Doriva, neste curto tempo que está aqui, deu trabalhos bem específicos e passou confiança aos atletas. Diretoria zero, ninguém falou de questão de bastidores. Estamos em uma reta final, com duas competições em disputa, e não dá para desviar o foco para outros assuntos”, complementou, alternando suas respostas na coletiva ao comentar sobre a crise política e falar sobre a expectativa de retomar a carreira.

Protagonista em uma das muitas polêmicas do mandato de Aidar, ao ser contratado do Palmeiras após desentendimentos sobre a renovação, em negociação cujos trâmites foram rechaçados pelo presidente alviverde Paulo Nobre, Alan Kardec reforçou que o ainda presidente tricolor não prestou explicações ao grupo de jogadores sobre sua saída, mas fez questão de agradecer toda a atenção para com ele despendida e ressaltar o “aspecto humano”.

“Não tivemos conversa. Não fui pego de surpresa, até porque o tanto que foi falado... Não tenho noção da dimensão política disso, vou continuar trabalhando. Se eu tivesse que falar, falaria muito mais do lado humano do que do profissional. É uma pessoa que me acolheu, sempre me tratou com carinho e com respeito. Se eu tivesse que falar, agradeceria pelo respeito que ele teve, que sempre foi recíproco”, ressaltou o jogador.

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