Nenê vira artilheiro isolado do São Paulo, mas rejeita status de ídolo - Gazeta Esportiva
Nenê vira artilheiro isolado do São Paulo, mas rejeita status de ídolo

Nenê vira artilheiro isolado do São Paulo, mas rejeita status de ídolo

Gazeta Esportiva

Por Redação

12/06/2018 às 23:57 • Atualizado: 13/06/2018 às 04:29

São Paulo, SP




Autor de dois gols no triunfo do São Paulo por 3 a 0 sobre o Vitória, na noite desta terça-feira, no Morumbi, Nenê se isolou na artilharia do time na temporada, com dez tentos, dois a mais do que Diego Souza. Apesar do bom momento dentro de campo e com a torcida, o camisa 7 rejeita o status de ídolo do clube neste momento.

“Não, é muito cedo para isso. Mas fico feliz. É o reconhecimento do nosso trabalho em campo. Vou continuar dando a vida para representar esse clube tão grande, mas não tem nada de ídolo, não”, refutou o jogador, na saída de campo.

Diante de pouco mais de 20 mil pessoas, que encararam o trânsito paulistano em pleno Dia dos Namorados, Nenê abriu o placar aos 21 minutos do primeiro tempo com um golaço, fruto de um chute colocado de fora da área e, segundo ele, treinado exaustivamente no dia a dia no CT da Barra Funda.

"Eu treino muito essa batida. Antigamente fazia muitos gols assim. Sempre procuro essa batida, que é o meu forte. Na hora que consegui fazer o domínio para tirar o marcador, pude dominar certinho para poder chapar e, graças a Deus, ela entrou no lugar certinho", relatou, tentando explicar a sua boa fase.

“É um pouco de tudo: confiança, trabalho. Não adianta ter confiança e não estar focado, não dar 100% dentro de campo. É o que todos estão fazendo, se doando pelo time. Estava faltando essa chapada que eu sempre faço nos treinos. Fico muito feliz por isso”, celebrou.



Aos 36 anos, Nenê ainda faria seu segundo gol na noite no fim do primeiro tempo, aproveitando passe de Everton. Mas, antes, foi decisivo de outra forma: conseguiu a expulsão do meia Yago, que foi advertido com o cartão vermelho de forma exagerada após agarrar o veterano são-paulino.

“Eles estavam perdendo o jogo, mas eu também acredito que era para (cartão) amarelo, até falei com o Yago, teve aquela mão, eu também tentei proteger. Ele falou: ‘não pegou, né?’. Eu falei: ‘Não, mas para mim era para amarelo’. Acho que o árbitro estava atrás e viu o movimento da mão dele, como se estivesse pego no meu rosto, foi coisa do árbitro. Normal a reclamação deles, mas eu também acredito que não era para ter sido expulsão, não”, reconheceu, em resposta tão sincera quanto a dada no momento de questionamento sobre a boa fase no fim da carreira.

“Ninguém esperava, com a idade que estou, que eu fosse render o que estou rendendo. Só tenho a agradecer a Deus. Está sendo uma grande fase, sim. Não digo a melhor, mas é uma grande fase”, concluiu.

Com o resultado, o Tricolor assumiu provisoriamente a vice-liderança do Campeonato Brasileiro, com 23 pontos, mas pode perdê-la para o Atlético-MG no complemento da 12ª rodada do torneio nacional. Com o objetivo de ficar no G4 durante a pausa para a Copa do Mundo, o time dirigido por Diego Aguirre só volta a campo em 18 de julho, quando enfrentará o líder Flamengo, no Rio de Janeiro.

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