Entre os zagueiros, Arboleda e Bruno Alves não se destacam como referências técnicas com a bola no pé, mas isso não deve ser um empecilho segundo a ótica de Diniz, que recentemente transformou um experiente defensor do Fluminense em um também bom passador.
"Recentemente eu tive a alegria de trabalhar com um jogador que todo mundo achou que não ia jogar comigo, e viveu o melhor momento da carreira dele com 34 anos que foi o Matheus Ferraz", disse Diniz em entrevista ao canal Desimpedidos.
"Acabei ligando para alguns treinadores, alguns amigos que jã trabalharam com o Matheus e foi unânime que ele não tinha condição de jogar comigo, que ele era um jogador mais sério, mais zagueiro zagueiro. E quando eles foram falando da capacidade humana do Matheus, eu fui construindo na minha cabeça que ele iria jogar comigo muito bem. E essa intuição se confirmou", explica o treinador.
"Ele passou a se descobrir. Jogador que chega no profissional em time grande não é ruim. Pode ter jogador mal estimulado, um que tenha um pouco mais de talento do que o outro, mas se o cara tiver boa personalidade, um senso de coragem pelo menos razoável e estiver bem estimulado, consegue jogar bem", completou.
Em comparação, antes de sofrer grave lesão que o tirou da temporada, Matheus Ferraz fez sete jogos com Diniz no Brasileiro e teve média de 59,6 toques por jogo, com 89% de acerto, 93% no próprio campo e 77% na parte adversária.
Arboleda e Bruno Alves passam menos e erram mais. Enquanto o equatoriano tem média de 54,3 toques por partida, com 82% de acerto, 87% no próprio campo e 73% na parte adversária, o brasileiro pega ainda menos na bola, 43,7 toques por confronto, com 82% de acerto, 89% no próprio campo e 72% na parte adversária.