Mais comunicativo, Centurión aprende idioma para ‘tirar peso das costas’
Por Arthur Carvalho, especial para a GE.Net
07/08/2015 às 08:00
São Paulo, SP
Foi surpreendente a desenvoltura com que Ricky Centurión concedeu entrevista coletiva, no CT da Barra Funda, nesta quinta-feira. O argentino está há oito meses no Brasil e tenta aprender aos poucos o idioma com que a maior parte dos companheiros se comunica no elenco são-paulino.
Mesmo ainda sofrendo com certos obstáculos da língua, ele diz se esforçar constantemente para ser fluente no novo idioma. “No dia a dia vou escutando (outras pessoas falarem) e formando orações comigo mesmo. Me ajuda muito. Quando estou em casa, ligo a televisão e não a vejo, só escuto. Fico fazendo outra coisa, mas escutando”, explica Centurión.
Apesar de mais comunicativo, o atacante não se vangloria e nem estabelece a nota que merece em língua portuguesa. “Não sei, isso deixo isso para vocês”, sorri. “Quando você fala e o outro entende é como tirar um peso das costas”, admite, menos desconfortável na sala de imprensa do que quando chegou ao São Paulo em janeiro.
A timidez em sua adaptação era tamanha que em março o então técnico Muricy Ramalho cogitou não relacioná-lo para um clássico contra o Corinthians. “Estamos preocupados em não deixá-lo sozinho, porque tem dificuldade em se comunicar”, avaliou à época o treinador, que no fim acabou levando o argentino para o jogo.
De lá para cá Centurión evoluiu na convivência com o elenco. Mas um obstáculo para a evolução idiomática do argentino pode ser a presença de outros dois estrangeiros no elenco. Além do técnico Juan Carlos Osorio, o colombiano Wilder chegou há pouco e deve se transformar em um dos parceiros de Centurión.
“É um menino muito legal, nos falamos muito porque ele fala castelhano como eu”, explica o atacante, que pode inclusive formar dupla de ataque com o novo companheiro neste domingo, quando o São Paulo enfrenta o Corinthians pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Morumbi.