Leco admite preocupação com julgamentos de caso Maidana e Ceni
Por Redação
21/10/2015 às 22:08 • Atualizado: 21/10/2015 às 22:14
São Paulo, SP
“Vemos esse julgamento com a melhor expectativa no sentido de que o São Paulo não receba uma sanção que venha a prejudicar nossa próxima temporada. Considero que temos capacidade de enfrentar essa eventual limitação com nosso elenco atual e até com o aproveitamento das categorias de base, mas evidentemente torcemos para que não aconteça”, declarou Leco, projetando a audiência que está marcada para esta segunda-feira, véspera das eleições à presidência do Tricolor.
Uma das principais polêmicas que levaram à renúncia de Carlos Miguel Aidar, a transferência de Iago Maidana traz risco de punições graves ao São Paulo, como a possibilidade de não poder fazer contratações por até dois anos, pelo fato de ter sido intermediada pela empresa “Itaquerão Soccer”, que comprou o atleta do Criciúma por R$ 800 mil e registrou-o no Monte Cristo, de Goiás, para três dias depois vender 60% dos direitos econômicos do atleta ao Tricolor por R$ 2,4 milhões.
Tais trâmites, envolvendo investidores, estão proibidos pela Fifa desde maio e estão discriminados no Regulamento Nacional de Transferências da CBF. As sanções podem variar de multa pesada a rebaixamento e perda de pontos, além da impossibilidade de contratar, como aconteceu com o Barcelona, por exemplo, que ainda espera fim de punição para registrar o turco Arda Turan, ex-Atlético de Madri.
A preocupação de Leco com a justiça desportiva se estende também ao ídolo Rogério Ceni, que já programou sua aposentadoria para o final deste ano. Podendo sofrer gancho de até seis jogos por reclamar da marcação de um pênalti no empate contra o Vasco, no último domingo, o goleiro encara a possibilidade de um fim de carreira melancólico, sem poder entrar em campo nas que seriam suas últimas partidas pelo Tricolor após 25 anos. Esse é um cenário que o presidente são-paulino vê como distante, mas quer evitar a todo custo.
“A gente não acredita que isso vá acontecer. Acabou sendo um desabafo dele, legítimo na medida em que foi um lance muito discutível. Eu nunca vi um pênalti ser marcado quando a bola bate nas costas do jogador, sem que ele tenha a visão dela. Enfim, foi um desabafo em um momento de emoção e adrenalina, e acho que o tribunal faz o seu papel de colocar um posicionamento que resulte em uma censura, uma advertência, uma multa, mas acho difícil uma suspensão”, avaliou.