Jardine quer Nenê de “cabeça boa” e evita falar em reforços no São Paulo - Gazeta Esportiva
Jardine quer Nenê de “cabeça boa” e evita falar em reforços no São Paulo

Jardine quer Nenê de “cabeça boa” e evita falar em reforços no São Paulo

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero

26/11/2018 às 23:46 • Atualizado: 27/11/2018 às 11:12

São Paulo, SP




Em entrevista coletiva após o empate sem gols com o Sport, André Jardine saiu em defesa de um “chateado” Nenê, que desperdiçou pênalti no segundo tempo da partida disputada no Morumbi, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“O Nenê é uma liderança importante do nosso vestiário, é um cara que encarou o desafio do São Paulo como um dos maiores da carreira. Foi decisivo em muitos jogos no campeonato. Errar um pênalti faz parte. Ele marcou outros importantes e jamais se eximiu da responsabilidade”, afirmou o treinador.

Com o resultado, o Tricolor voltou a desperdiçar uma oportunidade de ultrapassar o Grêmio e ingressar no G4 da competição. “Era uma chance de ouro. Infelizmente era o dia de ele errar. Nos momentos difíceis, quero que os jogadores saibam que vou estar ao lado deles”, avisou.

Substituído por Tréllez no segundo tempo, Nenê foi vaiado por boa parte da torcida. Além de sair como vilão, Nenê aumentou o seu jejum de gols para 15 jogos. Jardine, contudo, conta com o jogador para o duelo com a Chapecoense, no último domingo.

“Ele estava bastante chateado dentro do vestiário, porque sabe a importância do gol naquele momento. Mas ele é um jogador experiente, sabe que são coisas que acontecem. Espero que ele se recupere rápido, porque temos mais um jogo importante no ano e vamos precisar dele com a cabeça boa”, completou.



Questionado sobre reforços, Jardine evitou falar no planejamento para o ano que vem. Segundo ele, o foco está todo na conquista de uma vaga direta na próxima Copa Libertadores.

“Estamos tão focados nessa reta final de campeonato que vamos deixar o planejamento de 2019, o foco principal é o último jogo”, afirmou.

Sobre o tropeço no Sport, Jardine admitiu que “saímos frustrados com o resultado, não tínhamos uma expectativa de vencer. Foi um primeiro tempo mais trancado, em que procuramos espaços para entrar defesa do Sport. Mesmo assim tivemos algumas alternativas”.

“Fizemos uma alteração tática no segundo tempo que destrancou um pouco o jogo. Fomos mais agressivos, infelizmente pecamos demais na finalização, no último passe, em situações que poderíamos ter decidido o jogo, talvez a ansiedade tenha atrapalhado um pouco, mas foi um dia que lamentamos a falta de efetividade”, concluiu.

Polêmica


Recém-efetivado no cargo de técnico do São Paulo, André Jardine preferiu não responder sobre ter sido chamado de "estagiário" pelo vice-presidente de futebol do Sport, Laércio Guerra. O dirigente criticou o treinador por não instruir seus atletas a jogar a bola para fora de campo quando Matheus Peixoto estava caído no chão, no início do segundo tempo.

De acordo com Jardine, o que o irritou foi a reincidência do ato de pedir atendimento médico pelos jogadores do Sport.

"Fair play é importante no futebol. Sempre o defendi postura e respeito nas minhas equipes, são valores que não abro mão. Mas, no lance, entendi que as coisas estavam se repetindo com frequência. É importante que a arbitragem faça a análise para não tornar o fair play em um ato de catimba. Talvez eu tenha sido infeliz, porque parece que houve um pisão na mão, mas foram quase 10 atendimentos. Aí acho abusivo", explicou.

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