O São Paulo chegou embalado para a disputa das quartas de final da Libertadores de 2005. Na fase anterior, o Tricolor havia eliminado o rival Palmeiras, vencendo os dois jogos do confronto. Aos 30 minutos do primeiro tempo, Rogério Ceni cobrou falta de longa distância com perfeição, acertando o ângulo esquerdo do goleiro Campagnuolo e abrindo o marcador contra a equipe mexicana.
Nove minutos depois, Cicinho cruzou rasteiro da direita e encontrou Luizão livre dentro da área. O atacante tocou de primeira com o pé esquerdo e aumentou a vantagem do São Paulo.
Na segunda etapa, Da Silva foi expulso ao impedir Luizão de ficar cara a cara com Campagnuolo. Rogério Ceni foi o encarregado para a cobrança da falta e, mais uma vez, mandou para o fundo da rede. Agora, a bola só parou quando chegou no ângulo direito do goleiro do Tigres.
Souza fechou a goleada tricolor aos 15 minutos do segundo tempo. Júnior faz um grande lançamento para o meio-campista, que dominou no peito, invadiu a área e tocou na saída de Campagnuolo, para o delírio da torcida presente no Morumbi.
Nove minutos depois, Diego Tardelli foi derrubado dentro da área e o árbitro Daniel Gimenez assinalou pênalti. Rogério Ceni cobrou mal, chutando por cima do travessão, e acabou perdendo a oportunidade de marcar seu terceiro gol no jogo. Caso a bola tivesse entrado, o ídolo tricolor teria alcançado o feito de Chilavert, único goleiro até hoje a anotar um "hat-trick". Em 1999, quando defendia o Vélez Sarsfield, o arqueiro paraguaio converteu três pênaltis diante do Ferro Carril.
No jogo de volta, o São Paulo perdeu para o Tigres por 2 a 1, no México, mas, graças ao resultado feito no Morumbi, se classificou para a próxima fase da Libertadores. Após eliminar o River Plate nas semifinais e bater o Athletico-PR na decisão, o Tricolor conquistou a América pela terceira vez. Rogério Ceni, além de erguer o troféu, terminou a competição como artilheiro do São Paulo ao lado de Luizão, ambos com cinco gols.