Fora do São Paulo, Régis nega dependência química: “Usuário em abuso”
Por Redação
06/11/2018 às 18:32
São Paulo, SP
Antes de a diretoria tricolor dar um ultimato na situação envolvendo Régis, o lateral-direito teve seu contrato suspenso quando informou o clube de que havia consumido substâncias ilícitas. Depois de receber todo o suporte necessário para se tratar durante a pausa para a Copa do Mundo e voltar aos gramados, ele não resistiu à tentação e voltou a usar drogas, fato que, desta vez, não foi relevado pelo São Paulo. Apesar de todos os problemas criados, o atleta não se considera um dependente químico, mas, sim, um usuário em abuso.
“Não me considero um dependente, me considero um usuário em abuso. O que realmente causou todo o problema foi o uso, e isso gera um comportamento que não deixa você em condições de trabalhar, ter uma vida social, mas não considero uma dependência, mas um usuário em abuso”, disse o jogador à ESPN.
Ao longo de sua carreira, Régis defendeu outros grandes clubes do cenário nacional, como o Botafogo e o Bahia, porém, nunca conseguiu emplacar. Assim, o lateral-direito acabou rodando por equipes de menor expressão. Ciente da gigante oportunidade desperdiçada, ele ainda tem a esperança de um dia voltar ao Morumbi.
“Foi um momento muito difícil. Eu vi ali a grande oportunidade da minha vida escorrer pelas minhas mãos. Eu sempre sonhei em jogar pelo São Paulo. O São Paulo sempre foi meu objetivo profissional por toda estrutura, toda a grandeza do clube. Foi um momento difícil, um momento triste. O que alenta o coração é saber que, como eles mesmos colocaram, há a oportunidade de um dia voltar. Quem sabe, se ocorrer, eu possa voltar em uma condição melhor”, prosseguiu Régis, que ainda detalhou o respaldo que o Tricolor deu a ele.
“Já existe um departamento de psicologia no São Paulo. Quando a gente passa por qualquer problema emocional, a gente é encaminhado para esse departamento. Depois de toda a conversa que tive com a psicóloga, ela passou para a diretoria, e o Aguirre foi a última pessoa com quem tive contato, porque o envolvimento dele era maior com o campo. Quando ele soube da situação, ele se mostrou muito solidário. O São Paulo cuidou super bem, me preservou para que essa situação não viesse à tona, e o Aguirre foi fantástico, disse que contava comigo e que esperava que eu me recuperasse para voltar a jogar. Foi dessa maneira que tudo aconteceu”, concluiu.