Contratado para "experiência", Luiz Eduardo esquece crise e renovação - Gazeta Esportiva
Contratado para "experiência", Luiz Eduardo esquece crise e renovação

Contratado para "experiência", Luiz Eduardo esquece crise e renovação

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

10/10/2015 às 11:07

São Paulo, SP

O zagueiro Luiz Eduardo procura esquecer turbulência na diretoria (Foto: Reprodução)
O zagueiro Luiz Eduardo procura esquecer turbulência na diretoria (Foto: Reprodução)


Do atual elenco são-paulino, o jogador que tem a situação mais curiosa é o zagueiro Luiz Eduardo. Contratado como quebra-galho na zaga, vindo da Série D do Campeonato Brasileiro, ele assinou um vínculo de apenas cinco meses, que termina no final do ano. Em empresas, um período de três meses é tratado como "experiência", quando o empregador ou o empregado, ao final do acerto, decidem se vão continuar ou não com o acordo.

Titular praticamente desde que chegou, porém, o defensor começa a conviver com a possibilidade de estender o contrato, outrora remota. Tudo isso em meio à turbulência política do clube, que nem sequer tem um membro da diretoria capacitado para se encarregar do assunto, já que quase toda ela abandonou seus respectivos cargos.

Ciente dos problemas extra-campo, com os quais ele assegura não se preocupar, Luiz Eduardo acredita que um bom desempenho nessa reta final será o fundamental para permanecer no clube. "Não vou renovar na força, no grito, chegando para a imprensa e falando que quero ficar. Vou ter que fazer valer dentro de campo, se for merecido, estarei aqui ano que vem. Confio muito no meu futebol para isso", analisou.

A sua chegada foi uma indicaão do auxiliar Milton Cruz, satisfazendo uma ideia de Juan Carlos Osorio. O ex-treinador tricolor via no elenco a necessidade de um zagueiro canhoto de confiança, já que Edson Silva nunca agradou muito. Com salário alto para um time de quarta divisão (R$ 40 mil mensais), o defensor chegou como aposta e, em 1º de agosto, assinou sua permanência até 31 de dezembro.

Sob a batuta do antigo chefe, porém, Luiz superou a desconfiança da torcida e foi titular praticamente em todas as oportunidades que teve. Só não jogo durante o último mês devido a um edema ósseo no joelho esquerdo, que o tirou de combate.

Animado com o retorno aos gramados, que deve acontecer na partida contra o Fluminense, no dia 14, no Maracanã, ele faz questão até de relevar as discussões entre Carlos Miguel AIdar e todo o restante da diretoria. No momento, o presidente tricolor, que corre o risco até de sofrer um processo de impeachment, é o único que poderia conduzir uma negociação para estender a sua permanência no CCT da Barra Funda.

"Sinceramente, não me assusta essa briga política. Como eu disse, posso permanecer aqui se fizer um bom trabaho dentro de campo. E eu estou aqui para poder fazer meu trabalho. Sou muito bem tratado no clube, passei por um momento difícil com essa lesão e consegui me recuperar. Tenho certeza que o que acontece fora das quatro linhas não vai nos afetar em nada", assegurou.

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