Aguirre esconde escalações até mesmo dos próprios jogadores do São Paulo - Gazeta Esportiva
Aguirre esconde escalações até mesmo dos próprios jogadores do São Paulo

Aguirre esconde escalações até mesmo dos próprios jogadores do São Paulo

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar e José Victor Ligero

05/05/2018 às 10:00

São Paulo, SP

Tentar esboçar no papel o São Paulo que vai a campo em qualquer compromisso da equipe se tornou um trabalho de adivinhação. Os palpites e as discussões às vésperas dos confrontos já são rotina tanto entre torcedores quanto para os jornalistas que cobrem o dia-a-dia do clube. E não é por menos, afinal, Diego Aguirre é adepto ao rodízio do elenco, só repetiu o time uma vez, nas semifinais do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, e chegou a utilizar 75% dos jogadores que tem à disposição em apenas dez partidas no comando do Tricolor.

A maior surpresa, no entanto, foi revelada por Bruno Alves em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva. O mistério do técnico uruguaio não se restringe à imprensa, e é estendido até mesmo internamente, como forma de manter todas as peças do elenco atentas e preparadas para todos os jogos.

“O Aguirre gosta de treinar dois, três times na semana, e passa quem vai jogar um dia antes do jogo. Ele deixa todo mundo ligado, concentrado, dizendo que qualquer um pode sair jogando”, conta Bruno Alves.




Não bastasse as dúvidas constantes sobre a escalação do time, Aguirre também faz questão de alternar a formação tática, inclusive dentro dos próprios jogos, seja apenas com posicionamento ou por meio de substituições. Nesse ponto, pelo menos, o grupo recebe as informações com antecedência.

“Às vezes ele treina no 3-5-2, muda para o 4-3-3, às vezes 4-4-2... Ele tem bastante variação de jogada. E isso é importante, porque confunde os adversários”, explica o beque de 27 anos. “Ele muda de acordo com a necessidade do jogo, vai buscando essas variações. O grupo está se adaptando a isso”, completa.

Bruno Alves, aliás, é um grande exemplo de como é difícil determinar quem são os titulares e quem são os reservas do São Paulo. Dos dez jogos sob o comando de Aguirre, o defensor participou de seis, sendo cinco como titular. No ano, são 12 atuações, 11 delas iniciando as partidas. As oportunidades estão aparecendo com mais frequência diante das apresentações elogiadas de Bruno Alves, que já mira até mesmo desbancar Rodrigo Caio.



“A evolução é notória nos últimos jogos, tanto de postura quanto do que o professor vem pedindo para nós, tendo mais posse (de bola) e variações de formação. A gente acredita que está no caminho certo para conquistar os objetivos”, opinou, talvez influenciado pela fase individual favorável, o que gera também otimismo para um crescimento coletivo depois da sequência de quatro empates nos últimos cinco desafios.

“A gente sempre joga para vencer. Infelizmente não estamos conseguindo, mas o professor Aguirre vem acertando os últimos detalhes, passando confiança para nós. Quando as vitórias começarem a sair, vamos deslanchar e dar um grande passo no campeonato”, garante Bruno Alves, hoje homem de confiança de Aguirre para a zaga tricolor independente da necessidade do treinador para o setor, que a princípio tem Arboleda, Militão e Rodrigo Caio como pilares.

Nesse sábado, às 19 horas, diante da ausência de Rodrigo Caio na lista de relacionados, Bruno Alves tem grandes possibilidades de iniciar mais uma partida pelo São Paulo, contra o Atlético-MG, no Morumbi. Certeza mesmo, como já ficou claro, só teremos horas antes da bola rolar pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

 

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