Peres não se intimida e já pensa em novo CG no Santos: "Cortei na minha própria carne" - Gazeta Esportiva
Peres não se intimida e já pensa em novo CG no Santos: "Cortei na minha própria carne"

Peres não se intimida e já pensa em novo CG no Santos: "Cortei na minha própria carne"

Gazeta Esportiva

Por Correspondente Lucas Musetti Perazolli

06/07/2018 às 10:00

Santos, SP

Presidente já pensa em novas opções para o Comitê de Gestão (Ivan Storti)


A última quinta-feira foi, mais uma vez, turbulenta no Santos. Depois de um profissional ser demitido por justa causa após ameaças na quarta, o presidente José Carlos Peres registrou um Boletim de Ocorrência. E a turbulência teve efeito direto no Comitê de Gestão. Há discordâncias com a gestão, mas o principal motivo da debandada é a insegurança em uma função não remunerada.

Andres Rueda e Urubatan Helou já comunicaram a renúncia do colegiado. E a informação é de que o único remanescente entre os gestores será Pedro Dória. Fábio Gaia, Hanie Issa, Estevam Juhas e José Carlos de Oliveira devem se desligar nos próximos dias. Todos têm carreiras de sucesso em suas áreas.

"Reforço meu integral apoio à profissionalização. Não cederei a ameaças e muito menos abandonarei o barco neste momento delicado. Voltando (do México) irei à delegacia levar todos as situações de ameaças que sofri", disse Pedro, à Gazeta Esportiva. 

Peres e Pedro estão confirmados e o vice-presidente Orlando Rollo também pode sair. Ele espera por um parecer para saber se continuaria sendo conselheiro no caso de renúncia. O vice está rachado politicamente com o presidente.

Sem lamentar

O presidente Peres já estuda opções para substituir as saídas no Comitê de Gestão. O mandatário entende a decisão dos parceiros e, otimista, vê a possibilidade das mudanças serem benéficas à diretoria. A tentativa de profissionalização continuará.

"Estamos fazendo a profissionalização no Santos, falando de jurídico, marketing, comunicação, futebol... Cada gerente terá autonomia para fazer esses ajustes. Temos que ser profissionais! Passamos um período eleitoral e agora entendemos que temos que corrigir o que não podíamos ter feito lá atrás. Fizemos muita coisa nesses seis meses. Estamos fazendo o que prometemos e o clube está andando. Temos uma pressão gigantesca, mas clube não para e os resultados aparecem. Fizemos a maior venda da história das Américas (Rodrygo)", disse Peres, em entrevista à reportagem.

"Pessoas querem emprego no clube. Acham que por terem trabalhado na campanha precisam ter cargo e não é assim. Isso atrapalha o clube, foram dois dias resolvendo esses problemas enquanto poderíamos ter feito outras coisas. Mas não vamos parar! Eu cortei na minha própria carne, perdi amigos... A gente precisa ter gente boa para trabalhar, parar com essa guerra maluca que não leva o clube a lugar algum. Vamos continuar fazendo, sem medo. É o que o clube precisa", concluiu.

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