Comitê de Gestão do Santos aprova novo organograma e lista de demissões - Gazeta Esportiva
Comitê de Gestão do Santos aprova novo organograma e lista de demissões

Comitê de Gestão do Santos aprova novo organograma e lista de demissões

Gazeta Esportiva

Por Correspondente Lucas Musetti Perazolli

28/06/2018 às 23:58 • Atualizado: 29/06/2018 às 00:02

Santos, SP

Santos fará 20 demissões (Ivan Storti)


O Comitê de Gestão do Santos aprovou um novo organograma após reunião na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro. Os executivos farão demissões e estima-se um total de 20. Daniel Bykoff, principal aliado do presidente José Carlos Peres no início de 2018, foi desligado antecipadamente na semana passada.

"O organograma foi aprovado sem ressalvas. Agora cada executivo fará as mudanças em suas equipes. Foi liberado para cada um cuidar da sua área", disse o presidente José Carlos Peres.

A PCM, empresa de consultoria, ajuda o clube a se reorganizar administrativamente. E a análise dos especialistas sugeriu diversas dispensas, em quase todos os departamentos, como jurídico, marketing, comunicação, comercial, segurança... Funcionários com grandes salários foram os primeiros escolhidos.

A motivação de Peres é inicialmente financeira, mas envolveu também a falta do desempenho esperado em alguns departamentos e a credibilidade por não contar com quem chegou apenas por motivações políticas e ajuda na campanha eleitoral. Com a saída de Bykoff, amigo pessoal, o mandatário mostrou que também sofrerá com a reformulação. Ele acumulou as funções de assessor executivo e gerente jurídico. Na sequência, passou a trabalhar só como advogado. Outras empregados próximos ao presidente serão despedidos.


A nova estrutura tem como base quatro executivos: Ricardo Gomes (futebol profissional, base e futsal), Marcelo Frazão (marketing e comunicação), Ricardo Feijoo (administrativo e financeiro) e Rodrigo Gama Monteiro (jurídico). Do quarteto, apenas Feijoo está na gestão desde o início, em dezembro. Abaixo deles, estarão os gerentes e suas respectivas equipes.

“Temos que ter gestores. Profissionalizamos o marketing e o jurídico. Ricardo Gomes também. Cuidando apenas do futebol, sem política. E temos o Ricardo Feijoo, profissional de mercado. Santista, mas de mercado. Estamos ancorados na profissionalização. Admissões e demissões não devem ser tomadas por nós, mas de forma técnica, com meritocracia, sempre por meio do RH. Queremos trazer profissionais de mercado que não se envolvam em política. Santos já é forte, imaginam se formos profissionais?”, disse Peres, na semana passada.


Resistência

O vice-presidente Orlando Rollo esteve contra o novo organograma, assim como outros dois membros do Comitê de Gestão: Estevam Juhas e José Carlos de Oliveira.

A maioria, porém, optou pela reformulação. Sabendo da resistência de parte do colegiado, José Carlos Peres, Andres Rueda, Pedro Doria, Fábio Gaia, Hanie Issa e Urubatan Helou jantaram na noite da última quarta-feira e alinharam a votação. O sexteto se comprometeu a manter o "sim" e não se intimidar com a reação de Rollo. Na última reunião, o vice se exaltou, gritou e socou a mesa. Já nesta quinta-feira, tudo correu em paz.

Além das demissões de pessoas próximas, Rollo está descontente com outros dois fatores: a sugestão de terceirizar os esportes olímpicos e a absorção do departamento de segurança ao setor administrativo. O argumento é de prejuízo e mais funcionários do que o necessário. Esportes olímpicos e segurança foram as duas incumbências destinadas ao vice-presidente por José Carlos Peres.

“Ele cuida dos esportes olímpicos, futebol feminino, parte de segurança do clube é dele… Está mais ocupado do que vocês imaginam. Tem bastante espaço, trabalhando e trazendo resultados”, disse o presidente Peres, em março.

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