Advogado do Santos diz que caso Sánchez só termina na terça com vitória no tribunal e goleada - Gazeta Esportiva
Advogado do Santos diz que caso Sánchez só termina na terça com vitória no tribunal e goleada

Advogado do Santos diz que caso Sánchez só termina na terça com vitória no tribunal e goleada

Gazeta Esportiva

Por Redação

27/08/2018 às 23:49

Santos, SP

Caso Sánchez pode ir além desta terça-feira (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Um dos advogados do Santos, Mario Bittencourt, disse que a única chance do caso de Carlos Sánchez ser resolvido nesta terça-feira é a Conmebol absolver o Peixe pela escalação do uruguaio e o time vencer o Independiente-ARG por quatro gols de diferença a partir das 19h30 (de Brasília), no Pacaembu, pela volta das oitavas de final da Libertadores da América.

A decisão da Conmebol foi adiada e deve ser anunciada na manhã desta terça. E, de qualquer forma, alvinegros ou rojos podem recorrer na própria confederação sul-americana e na FIFA. Ou seja, se o Santos não vencer no tribunal e golear, superando o que poderia ser um 3 a 0 para o Independiente na punição, a eliminatória terá um asterisco.

"Independentemente da decisão, cabe o recurso na corte de apelação. É questão jurídica mundial, com outras instâncias. Cabe a possibilidade de outra possibilidade depois da decisão de amanhã. Suponhamos que saia uma decisão favorável, precisamos de vitória simples. Dia depois, pode haver a apelação. Em caso negativo, poderíamos precisar de 3 ou 4 a 0, não conseguir em campo e obter a classificação numa decisão de recurso. É regra de regulamento no tribunal sul-americano. Independentemente do resultado do tribunal amanhã, pode não ser definitivo", disse Mario, ao SporTV. 

"Definitivo seria uma decisão favorável, além da classificação por três ou mais gols. Isso sim seria definitivo. Se o resultado for negativo, vamos recorrer até a última instância. Foi um dos casos mais absurdos. River Plate não foi punido com atleta sete jogos irregular (Zuculini). Diferentemente do River, quando clubes não tiveram possibilidade de reclamar pelo prazo esgotado, o Santos viu o Independiente reclamar. Jogo é de 180 minutos e funciona como confronto único. Que Conmebol aplique no máximo a punição do River, retirando o jogador (Sánchez)", emendou.

Mario Bittencourt, ex-advogado e vice-presidente do Fluminense, afirma que a Conmebol sabe que cometeu um erro ao liberar a escalação de Sánchez por meio do Comet, sistema digital para regularização de atletas.

"Fizemos defesa de 15 páginas, com 30 documentos. Colhemos depoimento do diretor de competições da Conmebol. Não é um procedimento comum pela demora, mas acreditamos que a demora da defesa ser robusta. Constatamos que nitidamente perceberam que existe, sem dúvida alguma, uma falha no sistema de acompanhamento. Por isso estão estudando o caso mais amplamente. Nós, inclusive, entendíamos que como o prazo de defesa escrita se encerrou na sexta às 14h, pensávamos no julgamento depois do jogo. Mas pela complexidade do caso, foi feito hoje. E a não divulgação da decisão hoje possa ter sido justamente em razão da quantidade de documentos e novidades apresentadas. Do ponto de vista desportivo, é complicado. Talvez a decisão saia até amanhã antes do almoço ou depois do jogo. Perto do jogo, não vão se posicionar", concluiu.

ENTENDA O CASO

A Conmebol emitiu um comunicado na última quarta-feira informando sobre a investigação. Sánchez foi suspenso por três partidas em 2015, pelo River Plate, por ter agredido a um gandula contra o Huracán, em novembro, pela semifinal da Sul-Americana. O uruguaio não disputou outras partidas da Conmebol desde então.


A confederação, em seu centenário em 2016, declarou anistia para metade das suspensões. Arredondando para baixo, Sánchez teria que cumprir um jogo de pena. O Santos, porém, consultou o COMET, programa da Conmebol para conferência de suspensões, e viu Sánchez liberado (veja abaixo). 


“Não há risco. A torcida pode ficar tranquila. O Sistema COMET, da Conmebol, informa a baixa no cumprimento de sanções disciplinares ao Carlos Sánchez desde 24 de maio de 2018. É o único sistema oficial e eletrônico da Conmebol”, disse Rodrigo Gama Monteiro, gerente jurídico do Santos, à Gazeta Esportiva, na semana passada.


Na defesa, o Santos alegou outros casos onde o COMET foi levado em consideração e citou a situação de Zuculini, do River Plate, utilizado em sete partidas de forma irregular na Libertadores, sem sucesso.

Documento mostra Carlos Sánchez sem jogos de suspensão a cumprir no Comet, da Conmebol

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