Um dos destaques da Argentina vice-campeã mundial em 2014, Javier Mascherano já sabe o que deseja fazer quando pendurar as chuteiras: virar treinador de futebol. Sem planejar a data da aposentadoria, o argentino admite que seu maior desejo é comandar o River Plate, clube que o formou como atleta na década passada.
Em entrevista à Rádio Vivadavia, o zagueiro do Barcelona não escondeu seus planos. “Eu gostaria de voltar a trabalhar no River. Falei várias vezes com o presidente D’Onofrio sobre a possibilidade de voltar em algum momento. Quando eu for treinador, também quero trabalhar lá, seja na equipe principal ou dos juniores”, comentou.
Nascido na província argentina de San Lorenzo, o atleta de 31 anos foi revelado pelo River Plate em 2003, ano em que o rival Boca Juniors conquistou a América, mas só permaneceu por dois anos na equipe principal. A partir de 2005 correu o mundo atuando por Corinthians, West Ham e Liverpool até chegar ao Barcelona em 2010.
Multicampeão pelo clube azul e grená, Mascherano teve uma experiência curiosa na última temporada ao encarar seu ex-clube na final do Mundial Interclubes do Japão. Na ocasião, o Barcelona conquistou a vitória e garantiu a tríplice coroa sob o comando de Luis Enrique. A repercussão para o zagueiro, no entanto, foi particular.
“Foi que nem jogar uma final contra uma equipe que me viu crescer, pela qual eu tenho um apreço. Da minha parte não há problema nenhum com as pessoas do River. Depois do jogo falei com todos do River, tenho um respeito máximo, não me esqueço de onde vim”, disse o zagueiro, pregando um discurso humilde.
Se não se vê em dívida com a torcida dos Millonarios, Mascherano admite que ainda não está satisfeito com o que conseguiu pela seleção argentina em termos esportivos. “A seleção é a conta pendente que tenho na minha carreira, assim como ganhar um título internacional com o River. Agora em junho terei outra oportunidade com a seleção”, disse, referindo-se à Copa América.
Desde outubro Mascherano tem sido personagem em manchetes de jornal por conta de sua dívida com o fisco espanhol. Condenado a cumprir 12 anos de prisão pela sonegação de cerca de R$ 6 milhões em impostos, o jogador chegou a um acordo com a Justiça em dezembro passado e, mediante multa de R$ 3,3 milhões, poderá responder ao processo em liberdade.
