Ilídio Lico não é mais o presidente da Portuguesa. Nesta sexta-feira, em reunião junto a alguns membros do conselho e diretores do clube, o ex-mandatário anunciou a decisão, e entregou a carta de renúncia.
Em uma reunião tumultuada no dia 5 de março, o Conselho Deliberativo lusitano protocolou um pedido de impeachment do presidente, visto por muitos como o grande responsável pela crise financeira que assola o clube. O encontro, porém, teve a votação cancelada devido a uma confusão.
Ilídio teve várias tribulações durante seu mandato. Logo no início, além da crise financeira, o caso Héverton, que culminou com o rebaixamento da equipe após decisão do STJD, fervilhava nos bastidores do clube. O abandono de campo do time rubro-verde na primeira rodada da Série B do ano seguinte também foi um fator importante na desestabilização de Lico, que ficou por 240 dias suspenso do mandato.
Além disso tudo, fatores econômicos, como o não-fechamento de balanços financeiros do clube em 2014 e boatos de uma possível venda do Canindé trabalharam para acabar de vez com a imagem de Ilídio frente aos sócios e diretores.
Agora, quem assume temporariamente o posto é José Manuel Mendes Gonçalves, vice-presidente de finanças da Lusa e membro de um grupo opositor a Ilídio. Em 30 dias, uma nova eleição deve ser convocada.
