Jogador mais velho de todo o elenco do Palmeiras, Zé Roberto, de 41 anos não parecia estar sentindo o peso da idade na noite desta quarta-feira, quando o Palmeiras se classificou à final da Copa do Brasil, nos pênaltis, após vitória por 2 a 1 no tempo normal. Ao final dos 90 minutos, o veterano ainda dava piques no gramado para voltar à defesa.
“Foi engraçado porque eu estava dando pique faltando cinco minutos para acabar o jogo e, do meu lado, estava o Gerson com câimbra, na minha frente saiu o Marcos Jr., que tem 18 ou 19 anos, também com câimbra. Na minha frente, o Gabriel Jesus também com câimbra. Eu não estava entendendo nada daquilo, foi muito engraçado para mim. Sou muito abençoado por deus e pela genética, e é claro que o profissionalismo entra nisso tudo”, disse o lateral.
Apesar da classificação, a equipe palmeirense sofreu na segunda etapa. Se no primeiro tempo o time de Marcelo Oliveira conseguiu colocar a bola no chão e envolver a defesa do Fluminense, no segundo a situação foi diferente e os ‘chutões’, tão criticados pela torcida alviverde, voltaram a aparecer. Zé Roberto disse que o time treina muito essa questão, para tentar melhorar a saída de bola da equipe.
“Esses momentos que o Palmeiras passa são momentos que temos trabalhado para ter mais paciência e tocar a bola. Às vezes nossa equipe não tem essa paciência. No segundo tempo, tiveram momentos que não fizemos uma leitura de tocar a bola, esperar o momento claro de atacar. São coisas que ainda precisamos melhorar, as vezes por conta da ansiedade acabamos rifando a bola para frente e entregando para o adversário”, disse o veterano.
O jogador polivalente ainda comentou a presença maciça da torcida alviverde, que mais uma vez lotou o Allianz Parque e apoiou o time durante todo o jogo. “A acústica do estádio é maravilhosa, eles nos apoiaram desde o inicio do jogo. O grito dos torcedores nos impulsionava a nos superar cada vez mais. Parecia que estavam dentro do campo. A vitória de ontem direciona nosso trabalho para que nos seis jogos do brasileiro e nos dois jogos das finais a gente tenha uma mudança de caráter e de pensamento”.
Por fim, o jogador que teve seu contrato renovado recentemente até o final de 2016 disse que ainda não é possível fazer um balanço da temporada. Mesmo assim, ressaltou que o ano foi “surpreendentemente” bom e afirmou que acredita em um final positivo para a equipe.
“É difícil analisar um trabalho sem ele ter sido concretizado. Acredito que no termino da temporada vai ser feito um balanço daquilo que foi positivo e daquilo que foi negativo, com a diretoria e a comissão técnica. Eu acho que até agora o Palmeiras está fazendo uma temporada que muitos não esperavam, e até eu mesmo não esperava. Sei o quanto é difícil formar um elenco em um ano e montar um time para buscar as competições. A gente tá no caminho certo e vivendo um bom momento, acredito que temos tudo para fechar o ano com chave de ouro”, finalizou Zé Roberto.
