“Fiquei extremamente decepcionado por ver muita gente que esteve do meu lado agora aplaudindo uma filosofia completamente diferente. Perdi o tesão de militar na política do clube. Essa é a grande verdade: fiquei decepcionado com as pessoas”, disse Nobre em entrevista exclusiva ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.
Revoltado por ser alvo de uma sindicância no caso Blackstar, o ex-presidente decidiu renunciar ao posto de conselheiro vitalício. Para ser candidato à presidência novamente, ele precisaria retomar a condição de conselheiro nas eleições previstas para o começo de 2021.
“Sem querer frustrar absolutamente ninguém: não faz parte dos meus planos voltar a militar na política do clube”, disse Nobre. “O futuro a Deus pertence. Hoje, se você me perguntar: O que você imagina para o futuro? Eu não me imagino voltando a militar na política, sendo presidente”, esclareceu.
A empresária Leila Pereira, pivô da ruptura entre Maurício Galiotte e Paulo Nobre, pode participar das próximas eleições presidências do Palmeiras, marcadas para 2021. Nos bastidores, o ex-mandatário é considerado o único capaz de rivalizar com a proprietária da Crefisa.
“O Palmeiras não pode depender de uma pessoa. O clube deveria ter várias pessoas aptas a serem presidentes e bons presidentes. Quando você troca cabeças, consegue ter uma pluralidade de ideias. Às vezes, sua ideia não é exatamente igual a minha, mas isso não significa que não seja muito boa também”, declarou.
Nas últimas eleições presidenciais, Nobre apoiou abertamente o candidato Genaro Marino, representante da oposição derrotado por Maurício Galiotte. Embora esteja afastado da vida política do clube, o ex-mandatário se coloca à disposição para, eventualmente, contribuir no futuro.
“Tenha certeza de uma coisa: enquanto for vivo, jamais vou deixar de ajudar o clube em tudo que estiver ao meu alcance. Sem Palmeiras, para mim, não há vida”, afirmou. “Se, um dia, um presidente do clube com quem eu me alinhe e confie precisar de alguma ajuda, nunca vou negar”, completou.