Selecionado por festival, filme sobre arena tem exibição única no sábado - Gazeta Esportiva
Selecionado por festival, filme sobre arena tem exibição única no sábado

Selecionado por festival, filme sobre arena tem exibição única no sábado

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon

01/12/2017 às 09:00

São Paulo, SP

https://youtu.be/bVyZ-s3_tWQ

Selecionado para integrar a oitava edição do Cinefoot (Festival de Cinema de Futebol), o documentário “Segundo Tempo” será exibido pela primeira vez às 19 horas (de Brasília) deste sábado, no Museu do Futebol, de forma gratuita. Com o filme sobre a construção da nova arena palmeirense praticamente finalizado, a produtora responsável busca patrocínio para lançar a obra comercialmente.

O projeto Palestra Italia.doc, voltado a documentar a transformação do antigo estádio em arena multiúso, começou em 2010. O “Segundo Tempo”, com foco na inauguração da arena, é a continuação do “Primeiro Tempo”, direcionado ao último jogo oficial antes da reforma. Já os detalhes da construção foram mostrados pela série “Intervalo”, disponível no site do projeto.

Fechado após o jogo contra o Grêmio em 2010, o estádio foi reaberto em 2014 para o duelo com o Sport. A ideia da Oka Comunicações, produtora responsável pelo documentário, era lançá-lo pouco depois da inauguração da arena. O litígio entre o Palmeiras e a WTorre, no entanto, inviabilizou a captação de patrocínio e a finalização da produção. A Oka, então, bancou com recursos próprios a última etapa e aguarda o licenciamento do filme pelo clube, passo fundamental para permitir o lançamento comercial.

“O filme está pronto e a exibição no Cinefoot é importante para mostrar que ele existe”, pontuou o diretor Rogério Zagallo. “Eu diria que o filme está como o estádio: pronto, mas ainda em obras”, completou, à espera de recursos para resolver alguns detalhes importantes, como o licenciamento de imagens de arquivo e a criação de uma trilha sonora original. Outro desejo é conseguir patrocinadores para incrementar o portal Palestra Itália.doc com parte do vasto material bruto filmado.

Ao longo dos últimos sete anos, período em que o projeto foi realizado, o Palmeiras passou por mudanças profundas. Rebaixado em 2012, o clube inaugurou a própria arena em 2014, palco das conquistas da Copa do Brasil 2015 e do Campeonato Brasileiro 2016. O reformado Estádio Palestra Itália, com altos índices de frequência, é o símbolo de uma nova era.

Reformado Estádio Palestra Itália é símbolo de nova era do Palmeiras (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


“A palavra-chave é transformação. O filme fala da transformação do estádio e da expectativa do novo. Como teve um espaço grande em relação ao último dia de filmagem, na verdade muitas coisas se realizaram. A expectativa foi realizada. O Palmeiras está, de fato, em um novo tempo, o clube está vivendo um segundo tempo”, raciocinou Zagallo.

Neste contexto, de acordo com o diretor, pouco importa o placar do primeiro jogo na arena, uma derrota por 2 a 0 contra o Sport. “Não estávamos gravando um jogo, mas sim o começo de uma nova era do clube. Então, documentamos o pontapé inicial dessa nova era. Aquele resultado é apenas um milésimo de segundo do século adiante”, explicou Zagallo.

O documentário tem uma entrevista inédita com o ex-goleiro Oberdan Cattani, falecido em junho de 2014, antes da inauguração da arena, além de diálogos com torcedores e ídolos que fizeram história no antigo estádio, como Ademir da Guia, César Maluco, Marcos e Evair. A obra de grande magnitude realizada para construir a arena também assume papel de protagonista.

“Para mim, a coisa mais impressionante é a obra. Dos torcedores que frequentam a arena, poucos sabem o que foi aquilo. Quando vai ao estádio, você não pensa que cada parafuso da cadeira em que está sentado foi apertado por uma pessoa. Para quem conheceu o antigo Palestra Itália, uma coisa marcante é vê-lo sendo engolido”, descreveu o diretor.

Palmeirense de coração, Rogério Zagallo é, possivelmente, o torcedor que acompanhou mais de perto o processo de transformação do antigo Estádio Palestra Itália. Para coroar o projeto, o diretor alimenta o desejo de promover em breve uma exibição de “Segundo Tempo” nas dependências da moderna arena. “É um sonho. Seria a história dentro da história”, imaginou.

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