Roger sobre pressão: "Meus 25 anos de futebol fazem eu absorver" - Gazeta Esportiva
Roger sobre pressão: "Meus 25 anos de futebol fazem eu absorver"

Roger sobre pressão: "Meus 25 anos de futebol fazem eu absorver"

Gazeta Esportiva

Por Bruno Calió

03/06/2018 às 00:22 • Atualizado: 03/06/2018 às 00:36

São Paulo, SP

Roger Machado não entrou pressionado para o sétimo Choque-Rei da história do Allianz Parque. Quem diz isso é o próprio treinador, que assumiu a responsabilidade pelas três partidas consecutivas sem vitórias anteriores ao clássico, e se disse tranquilo para trabalhar.

"Eu não me sentia pressionado. Pode ser que o ambiente externo estivesse me pressionando depois de longos dois jogos sem vencer", ironizou o treinador. "Eu não tenho pretensão de pautar o que é dito sobre meu trabalho, mas os 25 anos que tenho de futebol me fazem absorver a pressão exercida externamente. Eu não sou culpado, mas sou responsável por tudo. Se os atletas vão para o campo e fazem o que tem de ser feito, também é responsabilidade do treinador. Essa semana foi muito tranquila para trabalhar, não mudou nada de quando tínhamos oito jogos sem perder”, disse o treinador.




Se o treinador não se sentia pressionado, a reação dos atletas durante o jogo diz o contrário. Depois de um péssimo primeiro tempo e atrás no placar, Willian e Dudu marcaram no segundo tempo e celebraram com abraços no comandante.

"Eu imagino que são abraços por perceber que externamente o comandante estava sendo pressionado e para demonstrar solidariedade por esse momento em que se começa a aventar um monte de possibilidades do lado de fora. Tenho compilações de recortes de 25 anos atrás. Se pegar, são sempre os mesmos argumentos: ‘o treinador perdeu o grupo, o ambiente interno...’ Isso serve para demonstrar que o ambiente é bom", completou.

O Palmeiras vinha de três partidas consecutivas sem vitórias – empate contra América-MG (Copa do Brasil) e derrotas para Sport e Cruzeiro (Campeonato Brasileiro). Roger explicou que, acima de questões táticas, trabalhou para retomar a confiança de seus jogadores.

"O meu trabalho foi retomar a confiança. No jogo contra o América-MG, o primeiro tempo foi relaxado pela vantagem construída em Minas. O jogo contra o Sport foi jogado. Tomamos dois gols de bola parada depois de 26 jogos. Não havia razão para criticar. Já contra o Cruzeiro, perdemos confiança, espontaneidade do jogo. O jogador pode ter a melhor técnica do mundo, mas sem confiança não faz o jogo sair. Que essa vitória mostre que a gente pode fazer mais”, finalizou.

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