Presenteado por Edmundo, Maradona poderia ter jogado com Cuca em 1992 - Gazeta Esportiva
Presenteado por Edmundo, Maradona poderia ter jogado com Cuca em 1992

Presenteado por Edmundo, Maradona poderia ter jogado com Cuca em 1992

Gazeta Esportiva

Por Redação

07/11/2016 às 08:03

São Paulo, SP

Diego Maradona, ex-jogador argentino, durante reunião no auditório do Parque São Jorge para discutir problemas na organização da Conmebol.
Diego Maradona foi assediado pelo Palmeiras, mas preferiu se transferir para o Sevilla (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


A imagem de Diego Armando Maradona segurando uma camisa do Palmeiras fez o torcedor recordar a negociação que quase levou o ídolo argentino ao Palestra Itália. Em 1992, o Verdão tentou contratar o Pibe para fazer dupla de ataque com Cuca, hoje técnico da equipe favorita ao título do Campeonato Brasileiro.

Maradona, então jogador do Napoli, havia sido suspenso por uso de substâncias proibidas e estava em Buenos Aires tentando se recuperar do vício em cocaína. Após o final do gancho, o Palmeiras, bancado pela Parmalat, resolveu entrar na disputa pelo jogador.

O Sevilla, treinado por Carlos Bilardo, amigo de Maradona e seu técnico na Copa de 1986, ofereceu US$ 8 milhões ao Napoli. A proposta do Palmeiras era de US$ 5,5 milhões - diferentemente do clube espanhol, a equipe brasileira prometia fazer o pagamento à vista.

O argentino ficaria no Palmeiras durante um ano e em seguida defenderia seu time de coração, o Boca Juniors, também patrocinado pela Parmalat. A equipe brasileira acreditava que a proximidade entre Brasil e Argentina e a amizade dos presidentes do Napoli e da multinacional italiana poderiam facilitar o negócio.

(Foto: Reprodução/Instagram)
Edmundo presenteou Maradona (Foto: Reprodução/Instagram)


O clube brasileiro esperava pelo aval do Napoli para em seguida tratar com o meia e seus representantes. Em 1º de setembro de 1992, antes do desfecho da negociação, A Gazeta Esportiva publicou a seguinte reportagem: “Cuca escala Maradona. A seu lado.”

O atacante, apresentado pelo Palmeiras em agosto daquele ano, disse que a vinda do argentino seria “sensacional” e não ficou preocupado com a concorrência: “Dou um jeito e arrumo um lugar bem perto dele.”

Na edição de 8 de setembro, com o título "Maradona, quase certo", o jornal A Gazeta Esportiva informou que José Carlos Brunoro, então dirigente do Palmeiras, já estava em Buenos Aires para negociar diretamente com o atleta.

A viagem, porém, foi um fracasso, já que o executivo não foi nem sequer recebido por Maradona ou seu estafe na capital argentina. Por meio da assessoria de imprensa, a Parmalat informou que esperaria o final das negociações do atleta com o Sevilla para retomar o projeto e garantiu que o executivo havia se deslocado até a Argentina para tratar de outros assuntos, como os patrocínios ao Boca Juniors e ao uruguaio Peñarol.

Livre da suspensão, Maradona retornou ao futebol com a camisa do Sevilla, mas teve uma passagem discreta pelo clube espanhol. Enquanto tentava contratar o argentino, o Palmeiras renovou o contrato de Evair e o reintegrou ao elenco após um período de afastamento - o centroavante brilharia na conquista do histórico Campeonato Paulista-1993.

Edmundo - Responsável por entregar o presente personalizado a Maradona, Edmundo chegou ao Palmeiras só em 1993 e não teve a chance de jogar ao lado de Cuca - o atual treinador foi para o Santos após disputar sete jogos pelo Verdão. O Animal também acumula uma breve passagem pelo Napoli, clube em que Maradona viveu o seu auge.

O encontro entre Edmundo e Maradona ocorreu no Marrocos. Eles participarão da Partida pela Paz, tradicional amistoso que é organizado pelo Vaticano desde 2014. “Reforçando o time com meu amigo Maradona!”, disse o Animal, ao postar a foto com o argentino no Instagram.





Reforçando o time com meu amigo Maradona!


Uma foto publicada por Edmundo Souza (@edmundosouza10) em




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