"Foi mérito do Alecsandro, que foi esperto", disse Prass, lembrando que o centroavante dificultou a saída de bola de Ceni, e a sobra ficou com Robinho. "Ele não iria pressionar, mas, quando o Rogério levou para a perna esquerda, ele correu para pressionar. Mérito dele que acreditou e teve essa sensibilidade de esperar o momento certo para pressionar."
Rival, Prass mostra apoio ao colega de posição, recusando-se a apontar Rogério Ceni, que tem contrato até dezembro e declarou que deve se aposentar neste ano, como vilão. "Em um jogo, todos falham dez ou 15 vezes. Só que as pessoas focam muito mais na falha do goleiro, que muitas vezes é decisiva", criticou.
"É da carreira. O Rogério tem 42 anos, não foi a primeira e não será a última, assim como eu também. Faz parte. O que tem de ser analisado e botar na balança são os erros e acertos. O Rogério tem infinitamente mais acertos, por isso a avaliação dele é positiva", prosseguiu Prass, ainda sem certeza se merecia ser expulsão quando saiu da área e esticou o braço para dificultar a finalização do atacante Rogério, no início do jogo - a arbitragem entendeu que seu toque com a mão foi dentro da área.
"Eu ia botar a mão na bola, mas vi a linha da área e retardei ao máximo até que teve uma hora em que precisei colocar mesmo sem ter a certeza de que estava dentro da área. Não vi nas imagens ainda, não tenho noção, não sei se consegui. Estava olhando para a bola e só tinha visão periférica das linhas do campo", argumentou, aliviado, ainda mais, pelo empate que manteve o Verdão em quarto lugar no Brasileiro.
"Não foi um bom jogo nosso. Até por isso, temos de comemorar ainda mais o ponto conquistado. Além disso, o São Paulo, concorrente direto, não conquistou dois, e nos mantivemos no G4. E também pelo momento que surgiu o gol. Precisamos valorizar muito", vibrou Fernando Prass.
