Prass cita Seleção e orienta Vagner a ter tranquilidade para superar falhas - Gazeta Esportiva
Prass cita Seleção e orienta Vagner a ter tranquilidade para superar falhas

Prass cita Seleção e orienta Vagner a ter tranquilidade para superar falhas

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

11/08/2016 às 21:03 • Atualizado: 11/08/2016 às 21:54

São Paulo, SP

(Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Fernando Prass compareceu ao lançamento do livro com uma tipoia no braço direito (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


O goleiro Fernando Prass falou nesta quinta-feira pela primeira vez sobre as falhas que Vagner acumulou ao substituí-lo no gol palmeirense. Usando uma tipoia no braço direito, Prass esteve presente no lançamento de um livro do fotógrafo do Verdão, Cesar Greco, em comemoração ao título da Copa do Brasil. Ao falar com a imprensa, ele usou a Seleção olímpica como exemplo e receitou tranquilidade para o atleta se redimir com a torcida dos erros que cometeu.

"Temos o exemplo da Seleção. Calma não é o forte da torcida e nem de quem analisa", disse Prass, que deixou o grupo olímpico após fraturar o cotovelo direito. Segundo o goleiro, Vagner merece receber novas oportunidades para mostrar que pode defender o Palmeiras. Ele perdeu a vaga para Jailson após o terceiro jogo que disputou pelo Verdão, quando levou um frango no empate por 1 a 1 contra a Chapecoense.

"É óbvio que o cara tem que ter sequência para jogar. Não dá para criar um conceito sobre um jogador com três jogos. E falo isso para o bem e para o mal. Não dá para acharmos que o cara é o melhor do mundo e tem que ir para a Seleção, assim como não podemos achar o contrário. É complicado se ele não tiver tempo para mostrar que o erro foi realmente um erro, e não uma coisa normal", avaliou Prass.

"Mas no futebol em alto nível, principalmente em clubes do tamanho do Palmeiras, o tempo é um pouco diferente do que desejamos. Acho que mais do que a torcida ter tranquilidade, é o jogador que precisa ter tranquilidade para entender e aceitar isso. E ainda mais numa posição como a que nós jogamos, que exige o mínimo de erros", acrescentou o goleiro.




Além de dar apoio a Vagner, Prass aproveitou para defender os jogadores olímpicos das críticas recebidas no Rio 2016. Após dois empates sem gols, contra África do Sul e Iraque, o Brasil assegurou a classificação às quartas de final com uma goleada por 4 a 0 sobre a Dinamarca. Para o goleiro, que conviveu por dez dias com os garotos da Seleção, os questionamentos feitos pela torcida são superficiais.

"Durante o período que estive lá, vi um grupo de muita qualidade e com atletas tecnicamente muito evoluídos, que se entregaram e entenderam a proposta do treinador. A dedicação que tiveram nos dez dias em que fiquei por lá foi exemplar", disse Prass. "As pessoas falam que faltou comprometimento, vontade e disposição. Acho que são comentários muito superficiais. Não tem como acreditar que um cara que chuta uma bola não tem vontade de fazer o gol".

O goleiro, no entanto, ressaltou que a pressão pela conquista da inédita medalha de ouro pode ter influenciado no desempenho do time. "Quem jogou futebol sabe que o psicológico influencia até no ânimo dos atletas. E acho que foi isso que ocorreu. Agora é mata-mata. Teoricamente, eles tiraram um peso das costas e poderão ter um rendimento técnico muito melhor", opinou.

Por conta da fratura no cotovelo, Prass passou por uma cirurgia na semana passada e só voltará a defender o Verdão em 2017. Cuca indicou nos treinamentos que Jailson seguirá substituindo o goleiro nas próximas rodadas do Brasileiro. Já Rogério Micale, técnico da Seleção olímpica, tem apostado em Weverton, do Atlético-PR, desde que o arqueiro sofreu a contusão.

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