''Quando eu estava indo pra bola, o Jô me falou que eu nunca tinha vivido isso, nunca tinha batido um pênalti profissional, que eu não estava acostumado.' Vai perder'. Nessa hora, eu peguei a bola e comecei a rir'', disse.
Sob o comando do treinador Vanderlei Luxemburgo, o jovem jogador fazia sua primeira temporada como profissional. Mesmo com a pouca idade, Patrick contou que ele mesmo se ofereceu para fazer a cobrança decisiva.
''Eu cheguei no Maurício, auxiliar do Vanderlei, e falei que ia bater por último. Nessa hora, o Vanderlei perguntou para o Jailson como que eu batia e o Jailson respondeu: 'Você tem certeza que quer que eu fale? Ele bate na gaveta'', contou.
O jogador revelou ainda que treinou pouco cobranças de pênalti durante a semana que antecedeu a final.
''Nessa semana eu treinei duas vezes só, segunda e terça, o resto da semana eu não tinha treinado'', lembrou.
Mesmo assim, a cobrança foi cirúrgica, sem chances para Cássio. Patrick bateu forte, no ângulo, e a bola chegou a tocar na parte de cima da rede. O gol deu o título do Paulistão ao Palmeiras após 12 anos de jejum, justamente contra o maior rival.
''Eu sabia da minha responsabilidade. Eu era o último e se eu fizesse acabava. Na hora eu senti um frio na barriga. O Cássio esticava o braço e batia as luvas na trave. Eu tinha 19 anos nessa época, deu um frio na barriga, mas eu estava com a cabeça boa. Eu sabia que ia fazer o gol'', finalizou.