Oswaldo de Oliveira conseguiu diminuir as atenções sobre o clássico de quarta-feira, diante do São Paulo, ao expor sua irritação com os pedidos para a entrada de Gabriel Jesus no time. Na prática, o técnico tenta repetir uma estratégia de proteção com o jovem talento já usada no Botafogo, quando Vitinho chamava atenção ao sair das categorias de base do clube.
“Tem que dar uma blindada. Teve uma situação dessas no Botafogo com o Vitinho e, no intervalo dos jogos, quando a imprensa vinha falar com ele, o Seedorf o levava ao vestiário para não falar. Era muita pressão no garoto”, lembrou Rafael Marques, que estava no time carioca naquela época e se assusta com o clamor em cima do atual colega de 17 anos.
“Ele é um garoto ainda. Sabemos o seu potencial e capacidade, é uma promessa, uma joia aqui dentro, mas é necessário um cuidado muito grande. Olha o patamar que se atingiu. Fala-se muito no Gabriel, a torcida exige muito a entrada dele”, comentou.
Mas o ex-jogador do Botafogo é citado como exemplo para Gabriel Jesus pela importância que ganhou em seu clube. “Aos poucos, ele vai mostrar o futebol e a qualidade que tem. Como foi com o Vitinho. O Gabriel pode ser o camisa 9 titular do Palmeiras pela qualidade que tem”, apostou Rafael Marques.
O atacante até pede ajuda ao jogador que completará 18 anos na semana que vem. “O Gabriel tem potencial, mas, se ficarem em cima, pode ser um cartucho queimado. Não é isso que desejamos. Não queremos blindá-lo muito para não ter atrito, só pedimos colaboração”, solicitou Rafael Marques.
