Obcecado pelo título, Prass vê sua imagem em mosaico como premonição - Gazeta Esportiva
Obcecado pelo título, Prass vê sua imagem em mosaico como premonição

Obcecado pelo título, Prass vê sua imagem em mosaico como premonição

Gazeta Esportiva

Por William Correia

04/12/2015 às 19:51

São Paulo, SP

Fernando Prass concedeu autógrafo a funcionário do Palmeiras antes de entrevista coletiva na Academia de Futebol (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Fernando Prass concedeu autógrafo a funcionário do Palmeiras antes de entrevista coletiva na Academia de Futebol (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Fernando Prass apareceu na sala de entrevistas da Academia de Futebol nesta sexta-feira careca, e sorrindo. O goleiro cumpriu a promessa de raspar o cabelo por ter conquistado um título no qual estava obcecado. A final da Copa do Brasil ainda veio com algo que o goleiro nunca vai esquecer: sua imagem no mosaico 3D montado pela torcida antes do apito inicial no Palestra Itália, na quarta-feira.

"Eu não sabia daquilo, só tinha visto os cabos. Quando entrei com os meus filhos, vi aquela imagem enorme e me surpreendeu. Pô, tem tanto jogador, por que eu fui escolhido? Tem Zé Roberto, Barrios, Arouca, Gabriel Jesus, um monte de gente que poderia estar ali", lembrou o camisa 1, que entendeu a homenagem como uma premonição.

"Quando foi para os pênaltis, pensei pelo lado positivo. Vai que o cara teve uma premonição, uma visão? Foi sensacional. Nunca tinha tido uma homenagem dessas.
Vou lembrar do título, mas isso vai ter um cantinho especial na memória", disse Prass, que defendeu pênalti e ainda converteu a cobrança que garantiu o tricampeonato do Palmeiras.

"Se eu pegasse o pênalti do Ricardo Oliveira, acabava o campeonato. Se eu não pegasse, teria de bater. A possibilidade de matar logo o jogo... Eu preferia que nem fosse para os pênaltis para não correr riscos. Se eu pudesse escolher, escolheria do jeito que foi. Vou pegar mais pênaltis, mas batendo o último, do título, dificilmente vou conseguir de novo", contou Prass.

O goleiro chegou há três anos no Palmeiras. Assinou sabendo que disputaria a Série B de 2013 e, na temporada passada, deixou o Palestra Itália chorando de alívio por ter escapado do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Ser campeão virou uma obsessão, e a Copa do Brasil de 2015, por isso, é o maior título da carreira do jogador de 37 anos.

"Disputei outras finais, fui campeão pelo Vasco, mas, internamente, me sentia muito mais obcecado, fissurado por esse título do que qualquer outro. Cheguei na Série B, joguei a Libertadores em uma condição bem diferente do que vamos encontrar ano que vem. Tive a briga contra o rebaixamento no ano passado. Pegamos Cruzeiro, Fluminense, Inter e Santos. Passamos por quatro adversários muito difíceis", contou Prass.

"O que mais contribuiu para essa obsessão foi tudo o que passei aqui. As pessoas me perguntavam porque eu falava mais do sofrimento do que do título. As coisas que fazem sofrer deixam cicatrizes, e a do ano passado foi muito grande, ficou marcada. Por isso esse título é o mais especial", definiu o ídolo do Verdão.

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