Mudança em acordo com Crefisa não afetará contratações, diz Galiotte - Gazeta Esportiva
Mudança em acordo com Crefisa não afetará contratações, diz Galiotte

Mudança em acordo com Crefisa não afetará contratações, diz Galiotte

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon

30/01/2018 às 12:38 • Atualizado: 30/01/2018 às 14:38

São Paulo, SP

Clube de Maurício Galiotte precisará ressarcir a Crefisa em cerca de R$ 120 milhões (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Para atender determinação da Receita Federal, Palmeiras e Crefisa mudaram o contrato de patrocínio. Segundo Maurício Galiotte, presidente do clube alviverde, a alteração no acordo com a empresa não mudará a política de contratações da agremiação, agressiva nas últimas temporadas.

Antes, os valores injetados pela Crefisa no Palmeiras além da cota anual eram registrados como receita de marketing, em aditivos ao contrato de patrocínio. Com a alteração, os montantes serão tratados em formato de empréstimo, com juros pela taxa do CDI.

O Palmeiras agora tem o compromisso de ressarcir a Crefisa em um prazo de dois anos após o final do contrato dos jogadores trazidos com aporte da patrocinadora. Na situação ideal, portanto, o clube precisaria vender os atletas em questão por um valor igual ou superior ao desembolsado pela empresa. Caso contrário, precisará arcar com a diferença.

“O Palmeiras é criterioso, tanto é que temos um elenco bastante competitivo e isso remete à política de contratações. Se hoje nosso elenco é, salvo engano, o mais valorizado do Brasil, é porque temos critério de contratação. Então, acho que não tem nenhum impacto em relação a isso”, afirmou Galiotte na manhã desta terça-feira, após participar de evento promovido pela BDO.

O caso de Miguel Borja, contratado por R$ 33 milhões com ajuda da Crefisa, é emblemático. Se o Palmeiras vendê-lo por R$ 43 milhões, devolve o valor investido pela patrocinadora e fica com o lucro. Caso o vínculo do colombiano chegue ao fim sem que ele seja negociado, o clube passaria a dever R$ 33 milhões à empresa.

“É um compromisso futuro, sim, mas é uma dívida coberta. Nós temos o ativo, que são os jogadores. Então, essa é uma operação casada, porque o Palmeiras devolve o dinheiro assim que vender os atletas. Na verdade, isso já era contemplado no contrato anterior”, afirmou Galiotte.

Segundo o presidente, a única alteração serão os lançamentos contábeis a partir de 2018. Com receita recorde de R$ 531 milhões em 2017 e superávit de R$ 57 milhões, Galiotte pretende quitar a dívida de R$ 22 milhões que o Palmeiras ainda tem com o ex-presidente Paulo Nobre até a metade do ano.

“Se a mudança em termos contratuais (com a Crefisa) tiver algum impacto, o Palmeiras está em uma situação bastante confortável e tem prazo suficiente. É uma operação casada. Então, temos o ativo, que é o atleta, a garantia de toda a operação”, reiterou.

 

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