Festa na Paulista tem Mattos apresentador e Dudu provocador: "Cheirinho é meu p..." - Gazeta Esportiva
Festa na Paulista tem Mattos apresentador e Dudu provocador: "Cheirinho é meu p..."

Festa na Paulista tem Mattos apresentador e Dudu provocador: "Cheirinho é meu p..."

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

28/11/2016 às 00:53

São Paulo, SP

A festa do Palmeiras pelo título do Campeonato Brasileiro reviveu uma das antigas tradições do futebol paulistano: a comemoração na Avenida Paulista, dessa vez impulsionada pela presença de todo o elenco, comissão técnica e diretoria em um trio elétrico posicionado bem em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, que abriga a Gazeta Esportiva. Na farra alviverde, acompanhada por cerca de 2 mil pessoas, destacaram-se o diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos, e o capitão Dudu.

O dirigente foi o mestre de cerimônias desde que o ônibus com os atletas chegou ao local, por volta das 21h. Naquela hora, já havia pelo menos 500 pessoas celebrando o título, mas os festejos só ganharam força sob a batuta de Mattos. Contente, ele chamou um por um os integrantes do elenco e pediu para a torcida cantar o nome dos escolhidos. Destaque, quase que previsivelmente, para as inserções de Dudu, Gabriel Jesus e Fernando Prass.

Quem conseguiu explodir os presentes pela primeira vez, porém, foi o lateral esquerdo Zé Roberto. Depois de um breve discurso, ele assegurou que o Palmeiras era o maior clube de sua longa carreira futebolística. Todos entraram em êxtase quando ele repetiu um discurso feito ainda em 2015, no vestiário antes da estreia do clube no Campeonato Paulista. "Bate no peito de quem está do seu lado aí e fala: 'O Palmeiras é gigante'", exclamou, enquanto o público vibrava no asfalto mais famoso da cidade.

Moisés, de perfil mais reservado, também provocou uma reação curiosa ao "abrir o mar" entre os torcedores, que formaram um corredor a pedido do meia. Fernando Prass, que chegou a segurar uma faixa "Chupa, Gambá", pediu para os torcedores comemorarem após o sofrimento de 2013 e 2014. " A gente merece demais".

"Cheirinho é meu p..." e rivalidade com o Santos

Talvez o atleta mais identificado com a torcida pelo "chapéu" dado no Corinthians em sua contratação, o atacante Dudu levou a festa mais para o lado da rivalidade. Enquanto a maioria gritava "é campeão" ou parabenizava os torcedores, ele pediu o microfone e começou a cantar uma versão própria de "acabou o caô, o Guerrero chegou, o Guerrero chegou", música entoada pela torcida do Flamengo.

"Vai tomar no c..., cheirinho é meu p..., cheirinho é meu p...", bradou, explodindo em festa tanto o público quanto os companheiros. O "cheirinho de hepta", corrente que tomou conta da torcida flamenguista na disputa com o Palmeiras, recebeu menções também de Roger Guedes e Vitor Hugo, sempre acompanhado de algum xingamento.

Os cariocas, por sinal, eram os únicos lembrados até que Gabriel agradeceu o carinho da torcida, lamentou a lesão sofrida durante a temporada e foi aplaudido. Antes de entregar o microfone, no entanto, ele iniciou o canto: "Só uma coisinha: Santos o c..., lugar de peixe é dentro do aquário", também provocando festejos entre os palmeirenses.

A rivalidade com o Peixe voltou à tona quando Matheus Sales, atleta de pouca participação nacional, mas titular na decisão entre as equipes da Copa do Brasil do ano passado, puxou o grito de "ei, Lucas Lima, vai tomar no c...". Alexandre Mattos interagiu com o meio-campista. "Matheus, quantos anos você tem?". Ao ouvir o "19" da boca do garoto, prosseguiu. "Lucas Lima com 26 só ganhou dois Paulistas. E você?". "Sou campeão da Copa do Brasil e do Brasileiro", gritou o palmeirense.



Diretoria e Cuca são exaltados

Por mais incrível que pareça, o agora ex-presidente Paulo Nobre chegou a rivalizar com os jogadores no volume da torcida antes da sua fala. Apontado como "principal responsável pelo título" por Mattos, Nobre agradeceu aos presentes. Maurício Galliote, presidente eleito, foi sucinto e prometeu que a torcida nunca mais vai esperar 22 anos para comemorar um título brasileiro.

O técnico Cuca, um dos que mais recebeu pedidos por autógrafos e "selfies", foi chamado para o microfone aos gritos de "renova" e "fica". Novamente sem dizer sim nem não, apenas celebrou o fato de conquistar um título pelo clube do coração. "Sou palmeirense, todos sabem, é uma honra sem igual", comentou.

Depois dos pronunciamentos mais sérios, tudo voltou ao clima de festa quando Mina foi chamado para dançar ao som de uma música colombiana. Sem camisa, o zagueiro demonstrou os mesmos movimentos das suas comemorações de gol e foi bastante saudado pelos palmeirenses.

Carreata e Dudu "mais louco que o Batman"

Depois de mais de duas horas e de incessantes pedidos de Mattos, o trio elétrico onde estava a delegação começou a se movimentar. Foi a senha para que Dudu retomasse o microfone e, "mais louco que o Batman", segundo o atacante Rafael Marques, fechasse a noite na Paulista com gritos contra o Corinthians.

"E a gambazada viverá a chorar...", começou ele, deixando para a torcida completar a música. Depois, quando o carro já estava na altura do Trianon, outro jogador pegou o microfone e seguiu com as provocações. "Doutor, eu não me engano, filho da p... é corintiano" e "Tivemos que parar, parar, parar para dar porrada, dar porrada em Gavião" foram as músicas para extravasar a noite de festa alviverde.

 

Conteúdo Patrocinado